A busca por sinais de vida em outros planetas pode ficar mais fácil a partir de agora, com o uso de um método de análise química simples que está sendo testado pela Nasa.
A técnica usa análises líquidas para constatar a presença de móleculas orgânicas - que são indicativo de vida - e é 10 mil vezes mais sensível para resultados do que os meios utilizados até então As informações são do site da agência espacial.
“Um dos maiores objetivos da Nasa é a busca pela vida no universo”, revela Peter Willis, do laboratório Jet Propulsion Laboratory (JPL) da organização. “Nossa melhor chance de encontrar vida extraterrestre é usando poderosas análises como esta, baseadas em líquidos, nos mundos oceânicos”.
O teste usa uma técnica chamada de eletroforese capilar para separar moléculas orgânicas presentes em reações. Ela foi projetada de uma nova forma, especificamente para analisar para aminoácidos, que são os elementos que formam a estrutura de tudo o que possui vida na Terra.
Teste simples
Uma das principais vantagens desse processo é sua simplicidade de execução. São necessárias apenas uma amostra líquida, um reagente líquido e uma análise química. Depois, laser é irradiado através da mistura - um processo conhecido como detecção de fluorescência induzida por laser - , tornando possível observar o movimento das moléculas e, consequentemente, sua origem.
Embora a eletroforese capilar tenha sido feita desde o início dos anos 80, esta é a primeira vez que foi adaptada especificamente para detectar a vida extraterrestre num mundo oceânico, de acordo com Jessica Creamer, autora principal do estudo e pesquisadora do JPL.
“Nosso método melhora as tentativas anteriores, aumentando o número de aminoácidos que podem ser detectados”, explica Jessica. “Além disso, permite detectar esses aminoácidos em concentrações muito baixas, mesmo em amostras altamente salgadas, com um processo muito simples”.
Colaborou: Cecília Tümler