Bombas atingiram o único hospital da zona de guerra ao norte do Sri Lanka nesta quarta-feira (13), matando pelo menos 50 pessoas, no segundo ataque do tipo em dois dias, disse o doutor Thurairaja Varatharajah, o principal agente de saúde no local. As equipes de saúde da instalação provisória dizem que usam as pequenas brechas entre as explosões para atender os pacientes, mas têm pouco a oferecer além de gaze e faixas. Foi o terceiro ataque neste mês ao hospital, ocorrido pouco tempo após os bombardeios do último final de semana que mataram cerca de mil civis. na terça-feira (12), bombas explodiram no local de admissão de pacientes, matando 49 pessoas.
O Exército nega ter usado armas pesadas nas últimas semanas, mas o Human Rights Watch (HRW) disse que os dois lados estão usando os cerca de 50 mil civis, comprimidos no último território mantido pelos rebeldes, como alvos e escudos humanos. A Cruz Vermelha disse que um de seus funcionários foi morto no ataque de hoje. Os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE) estão limitados a uma área de cinco quilômetros quadrados. Os militares dizem que avançavam em sua ofensiva contra a faixa de terra hoje, capturando uma das pesadas armas dos rebeldes e defendendo-se de um ataque suicida lançado pelos navios do grupo.
É difícil verificar os relatos porque o governo impede que jornalistas e trabalhadores de organizações humanitárias cheguem à zona de guerra. O governo cingalês está sob forte crítica internacional por causa do grande número de civis mortos na ofensiva contra o LTTE. O HRW disse que testemunhas e imagens de satélite da área, "contradizem as afirmações do governo do Sri Lanka de que suas forças armadas não estão usando armas pesadas" na zona de guerra. O grupo também acusa os rebeldes de usar os civis como escudos humanos e de atirar contra os que tentam escapar. "Nem o Exército do Sri Lanka nem o LTTE parecem mostrar qualquer relutância em usar os civis como alvos", disse Brad Adams, diretor para a Ásia do HRW.
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