Nesta quinta-feira Israel retomou os ataques aéreos. A aviação israelense bombardeou alvos em Beirute, assim como o sul e o leste do Líbano, segundo rádios locais, que não informaram sobre eventuais vítimas.
A perspectiva de trégua ou cessar-fogo continua distante. O Hezbollah deu sinais disto nesta quinta-feira, e o esforço diplomático continua empacado, pelo menos segundo a França.
Na noite de quarta-feira, a aviação israelense atingiu um subúrbio na zona sul de Beirute que é considerado uma fortaleza do Hezbollah . Este foi o primeiro ataque contra a área em quase uma semana. A zona suburbana da capital libanesa é um dos pontos mais destruídos desde que a ofensiva israelense foi iniciada há 23 dias.
Por sua vez, a Resistência Islâmica, braço armado do Hezsbollah, anunciou nesta quinta-feira que seus combatentes atacaram esta manhã tropas israelenses em Taibe, no sul do país.
O principal porta-voz do Hezbollah disse nesta quinta-feira que um cessar-fogo só poderá ser efetivado sob uma condição: a inexistência de tropas de Israel no Líbano.
As três semanas da ofensiva de Israel contra o Hezbollah no Líbano mataram mais de 900 pessoas e feriram 3 mil. Em Israel, houve 56 mortes, sendo 37 militares.
Um milhão de pessoas estão desabrigadas , segundo o Líbano. E a reconstrução levará anos até ser completada.
Em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que a ONU poderia votar sobre uma trégua no Líbano na próxima semana.
"É mais provável que haja uma votação nas Nações Unidas na próxima semana. O processo é longo. Do nosso ponto de vista, cooperaremos com qualquer proposta razoável", disse o premier ao jornal.
Os países da Organização da Conferência Islâmica (OCI) pediram nesta quinta-feira, durante uma reunião extraordinária em Kuala Lumpur , a cessação imediata dos ataques de Israel ao Líbano, e reivindicaram que suas tropas sejam incluídas na futura força multinacional de pacificação. Em princípio, segundo fontes do bloco, Bangladesh, Indonésia, Paquistão e Turquia se dispõem a contribuir com pessoal.
As forças israelenses no sul do Líbano, com cerca de 10 mil soldados, pretendem completar nesta quinta-feira a instalação de uma ZEM (sigla em inglês para zona militar especial).
Fontes militares destacaram que os soldados do Exército regular e reservistas receberam ordens do governo para estender a faixa de segurança até o rio Litani, a 30 quilômetros da fronteira.
A faixa territorial a ser ocupada pelo Exército israelense continua sendo disputada com membros do grupo extremista libanês Hezbollah, que as forças de Israel pretendem isolar e cercar, segundo fontes militares.
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