A Turquia lançou uma série de ataques aéreos nesta terça-feira (11) contra 17 posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em repostas aos recentes atentados atribuídos aos separatistas curdos, que deixaram ao menos 12 mortos desde segunda-feira.
Em um novo ataque dos insurgentes a um comando de brigada de infantaria em Sirnak, um soldado turco morreu após combates que duraram 20 minutos, informaram as autoridades.
Um comunicado militar disse que os rebeldes curdos abriram fogo na base Akdizin. Um soldado foi atingido pelos disparos e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A cidade, que faz fronteira com o Iraque, já sido alvo da violência na segunda-feira, quando quatro policiais morreram depois da explosão de uma mina perto do veículo em que viajavam.
Membros do PKK atacaram também um helicóptero com armas antiaéreas e granadas, matando um membro do exército turco. Em outro confronto na província de Bingol, na segunda-feira à noite, dois membros PKK foram mortos e dois detidos, informou o gabinete do governador local.
Além disso, o departamento de polícia no distrito de Lice, na província de Diyarbakir, foi alvo dos insurgentes curdos. Segundo relatos, membros do PKK atiraram para dentro do prédio, mas não houve registros de feridos.
A violência ainda chegou a Istambul. Duas mulheres que seriam de um grupo de extrema-esquerda dispararam contra o Consulado dos EUA, sem deixar vítimas. Em outro ponto da cidade, um veículo carregado de explosivos foi usado em um ataque a uma delegacia no distrito de Sultanbeyli, matando um policial e três agressores.
Nas províncias de Silopi e Sirnak, no Sudeste do país, cinco membros das forças de segurança mortos em atentados ainda não reivindicados por nenhum grupo.
A onda de violência vem semanas após o governo turco lançar uma ofensiva descrita pelas autoridades como uma “guerra sincronizada ao terror”, que incluiu ataques aéreos contra combatentes do Estado Islâmico (EI) na Síria e militantes curdos no norte do Iraque, e a detenção de centenas de suspeitos dentro do país.
Desde então, a Turquia tem permanecido em estado de alerta e pelo menos 48 pessoas morreram nos confrontos e atentados.