Pelo menos sete agentes de segurança foram mortos e outras nove pessoas, incluindo civis, ficaram feridas nesta quinta-feira (8) em três diferentes ataques, supostamente cometidos por insurgentes, enquanto o país realiza eleições gerais.
“Quatro policiais foram mortos e outros dois ficaram feridos quando os insurgentes atacaram uma van da polícia na área de Kulachi”, na província de Khyber Pakhtunkhwa, disse à Agência EFE o oficial Asfand Yar, da sede da polícia de Peshawar, capital provincial.
Em um segundo incidente no distrito de Tank, também em Khyber Pakhtunkhwa, um oficial de segurança foi morto, enquanto um civil e outro oficial ficaram feridos, na sequência de um ataque às forças de segurança perto de um colégio eleitoral, acrescentou Yar.
Em outro incidente, esse último na província do Baluchistão, dois policiais foram mortos e outros cinco ficaram feridos em uma explosão no distrito de Khanran, confirmou à EFE Abdul Kaleem, agente da polícia de Quetta.
Os ataques ocorreram enquanto o país realiza eleições gerais, cujo anúncio levou a um aumento de ataques armados no país contra gabinetes eleitorais e candidatos, especialmente nas províncias do Baluchistão e Khyber Pakhtunkhwa. Por enquanto, nenhum grupo armado assumiu a responsabilidade pelos novos atentados.
Nas duas províncias, foram registrados nesta quarta (7) três ataques contra candidatos e gabinetes de dirigentes políticos, que deixaram pelo menos 26 mortos e 54 feridos.
O grupo jihadista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por dois deles, os mais letais, registrados no Baluchistão.
O aumento da violência, somado ao fato de mais de metade dos colégios eleitorais terem sido classificados como “sensíveis” a ataques, levou hoje as autoridades do país a cortarem os serviços de internet como medida de segurança.
Além disso, decidiram fechar as fronteiras com os vizinhos Irã e Afeganistão, territórios especialmente hostis devido à presença de grupos armados e terroristas.
Os mais de 180 milhões de paquistaneses convocados para estas eleições elegerão os 266 representantes da Assembleia Nacional (Câmara Baixa), além dos representantes das câmaras provinciais, e assim os rostos do governo para os próximos cinco anos. (Com Agência EFE)