A China continental registrou 108 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (13), dos quais 98 são importados, informou a Comissão Nacional de Saúde. Este é o maior número de casos no país em um único dia desde 6 de março, quando 143 novos casos foram relatados, segundo o South China Morning Post.
A China tenta conter uma segunda onda de epidemia de coronavírus e têm adotado regras rígidas para estrangeiros, enquanto libera lentamente as restrições de mobilidade para a retomada da economia. Desde 28 de março, a China baniu a entrada de estrangeiros no país, mas há um crescente temor de que chineses que estejam voltando à sua terra natal carreguem consigo o vírus. Além disso, a imprensa estatal informou que viajantes cruzando a fronteira da Rússia estão espalhando o coronavírus na cidade fronteiriça de Suifenhe, onde 300 casos foram confirmados até sábado.
Relatos de que cidadãos africanos estão sendo discriminados na China, em associação com a Covid-19, geraram uma crise diplomática entre Pequim e várias nações africanas, segundo relatou a CNN. Um dos motivos foi a notícia de que vários africanos ficaram sem ter onde morar, depois de serem expulsos das casas onde viviam de aluguel e rejeitados por hotéis em uma cidade no sul da China.
"Ainda estamos enfrentando grandes riscos de casos importados e ressurgimento [de casos] domésticos. Particularmente, à medida que a pandemia se espalha pelo mundo, os casos importados estão causando uma pressão crescente", disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, no domingo (12). Ele acrescentou, porém, que "todos os estrangeiros são tratados da mesma forma" e que a China rejeita "o tratamento diferenciado e temos tolerância zero à discriminação".