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As autoridades de Bayan Nur, na província autônoma de Mongólia Interior, na China, confirmaram neste domingo (5) um caso de peste bubônica na cidade, colocando toda a região em alerta para controle e prevenção da doença, o qual deve vigorar até o fim do ano, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua.
O paciente é um produtor rural que se encontra em quarentena e em condição estável. Outro caso suspeito, um adolescente de 15 anos que ficou com febre depois de entrar em contato com uma marmota, está sendo avaliado, informou o Global Times.
A peste bubônica, uma das doenças mais mortais da história da humanidade, é causada pela bactéria Yersinia pestis e é transmitida por picadas de pulgas e animais infectados. Na forma pneumônica, pode ser transmitida entre pessoas por meio da respiração. Durante a Peste Negra, no século XIV, a doença matou milhões de pessoas na Europa. Hoje em dia, felizmente, ela é tratável com antibióticos, mas se nada for feito, a taxa de mortalidade é de até 60%.
A comissão de saúde da província chinesa pediu que público reforce a autoproteção, pois há o risco de que a infecção seja transmitida entre pessoas. Também orientou os moradores a não caçar e comer animais que possam causar infecções e pediu para que relatem qualquer descoberta de marmota morta ou doente e outros animais, além de relatar casos suspeitos de peste, pacientes com febre alta por razões desconhecidas e pacientes que morrem subitamente.
A região autônoma chinesa estava livre da praga desde 2004, mas no ano passado pelo menos duas pessoas foram infectadas depois de viajar para a província, segundo o Global Times. A doença também circulou por outras regiões nos últimos anos. Em 2017, por exemplo, infectou 300 pessoas e matou 30 em Madagascar, na África. No ano passado, na Mongólia (país), duas pessoas morreram após ter comido carne crua de marmota.
Quando esses casos apareceram, Shanthi Kappagoda, médica de doenças infecciosas da Stanford Health Care, disse ao site especializado Healthline que a medicina atual entende como a doença é transmitida, como preveni-la e como tratá-la, o que torna uma nova epidemia de peste bubônica muito improvável.