Uma equipe internacional de astrônomos descobriu jovens cometas que giram ao redor de uma estrela parecida com o Sol e que podem ajudar a entender a origem do Sistema Solar, informou um comunicado nesta quinta-feira.
A estrela estudada pelos cientistas fica a 160 anos-luz da Terra, na constelação Pictor, e tem uma massa 30% superior ao Sol. Tem 23 milhões de anos de idade, muito mais jovem do que nosso Sistema Solar, de 4,6 bilhões de anos.
“É interessante estudar o sistema que foi descoberto para aprender como era nosso sistema solar no início de sua existência”, explicou Sebastián Marino, principal autor do documento, apresentado durante uma conferência no Chile.
Os cometas são pequenos corpos celestes com um núcleo de gelo, materiais orgânicos e rochas e rodeados de poeira e gás, descritos, às vezes, como “bolas de neve sujas”.
Acredita-se que, no início, a Terra tenha sido um deserto de rochas, como Marte é hoje, e que foi a colisão dos cometas com o então jovem planeta que criou os elementos indispensáveis para a vida, como a água.
Quando o cometa se aproxima de sua estrela, o gelo se transforma em gás, e as moléculas gasosas escapam do núcleo em forma de jato.
Para detectar esses novos cometas, os cientistas, reunidos pela Universidade de Cambridge, usaram o radiotelescópio gigante Alma (Atacama Large Millimeter Array), instalado no Chile. Com ele, descobriram a presença de gás ao redor de uma estrela em quantidades parecidas com as que soltam os cometas do nosso sistema solar.
“Os sistemas jovens como esse são muito ativos. Os cometas, os asteroides e os planetas se chocam entre eles”, acrescentou Marino.
Os cientistas também acreditam ser possível que a estrela tenha planetas em sua órbita, mas com os telescópios atuais ainda são impossíveis de serem detectados.
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