Ativistas pró-aborto proclamaram a vitória neste sábado (26), após pesquisas de opinião e resultados iniciais indicarem que irlandeses haviam votado amplamente para revogar uma proibição constitucional de 1983 sobre abortos.
O primeiro-ministro Leo Varadkar, falando antes dos resultados oficiais serem anunciados, disse que parece que os eleitores decidiram liberar as leis rígidas da Irlanda sobre aborto - permitido apenas quando a vida de uma mulher está em risco - por uma proporção de mais de dois para um.
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"As pessoas se manifestaram", disse Varadkar, um médico que fez campanha pela revogação no referendo. "As pessoas disseram que queremos uma constituição moderna para um país moderno, que confiemos as mulheres e as respeitemos para tomar a decisão certa e as escolhas certas sobre seus cuidados de saúde", afirmou.
Chamando o resultado de uma "revolução silenciosa" que vinha ganhando força nos últimos 20 anos, Varadkar disse que a grande margem de vitória dará ao governo um mandato maior ao promulgar uma nova legislação sobre o aborto por meio do parlamento.
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Os resultados das primeiras quatro das 40 circunscrições do país se declararam favoráveis (66,36%) a liberalização da legislação sobre o aborto, anunciou o escritório responsável pela apuração central, em Dublin. A participação no referendo foi de 63%.
O apoio ao "sim" foi de 77% em Dublin central, 69%, em Cork Sul-central, 64%, em Cork Norte-central, e 60%, em Galway Leste.
Depois de confirmados os resultados, o próximo passo será o governo redigir um novo projeto de lei, autorizando o aborto durante as 12 primeiras semanas de gestação e até as 24 semanas por motivos de saúde.
Resultados finais
Depois que os resultados oficiais começaram a ser anunciados, políticos concordaram que o referendo havia passado por uma ampla margem. Os resultados finais são previstos para o fim deste sábado.
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Se confirmado, o resultado será o mais recente marco em um caminho de mudança para o país, que só legalizou o divórcio por uma maioria esmagadora em 1995, antes de se tornar o primeiro do mundo a adotar o casamento gay por voto popular três anos atrás.
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