O número do 2 do chavismo, Diosdado Cabello, primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), legenda do ditador Nicolás Maduro, respondeu de forma agressiva a um comentário do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, que pediu “uma transição tranquila” após as eleições presidenciais venezuelanas, em 28 de julho.
Na quarta-feira (8), em um evento nos Estados Unidos, Murillo havia falado de um “novo processo em que estamos trabalhando agora”, que, segundo ele, “garantirá uma transição tranquila após as eleições”.
Cabello reagiu com agressividade, segundo informações do site Efecto Cocuyo. “Cuide dos problemas internos da Colômbia... por que você está se metendo nos assuntos internos da Venezuela? Essa declaração é muito grosseira, é hostil”, disse o chavista.
“Quem mandou você declarar isso? Seu presidente da Colômbia ou seu presidente dos Estados Unidos? Para quem você trabalha? Quem lhe dá o direito de falar sobre a transição na Venezuela?”, acrescentou Cabello.
Ao restabelecer as relações da Colômbia com a Venezuela, em 2022, o presidente de esquerda Gustavo Petro iniciou conversas para a abertura política no país vizinho, que culminaram nos Acordos de Barbados, do ano passado, por meio dos quais o chavismo e a oposição se comprometeram com eleições “livres e justas”.
Entretanto, Maduro em seguida desrespeitou os acordos, ao utilizar as instituições venezuelanas para barrar nomes da oposição nas eleições e intensificar perseguições políticas.
Em abril, Petro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falaram da possibilidade de um plebiscito para garantir “a certeza e segurança sobre sua vida” para o candidato perdedor na eleição de julho.
Após a inabilitação de María Corina Machado e as dificuldades impostas pelo chavismo para o registro da candidatura da sua substituta, Corina Yoris, o principal adversário de Maduro será Edmundo González Urrutia, candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD).
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