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O ditador russo, Vladimir Putin, em visita ao 344º Centro Estadual para Destacamento e Reciclagem de Pessoal de Voo do Ministério da Defesa, em Torzhok
O ditador russo, Vladimir Putin, em visita ao 344º Centro Estadual para Destacamento e Reciclagem de Pessoal de Voo do Ministério da Defesa, em Torzhok| Foto: EFE/EPA/SERGEI KARPUKHIN / SPUTNIK / KREMLIN

A Justiça da Rússia ordenou nesta quinta-feira (23) a prisão por dois meses do general Vadim Shamarin, chefe do Escritório Geral de Comunicações das Forças Armadas da Rússia e "número dois" do Estado-Maior, por acusações de corrupção, informou a agência de notícias TASS.

Shamarin, que é o terceiro general russo a ser preso em quase um mês, é acusado de aceitar suborno.

De acordo com as autoridades russas, o general recebeu, entre abril de 2016 e outubro de 2023, um total de 36 milhões de rublos (quase US$ 400 mil) de Alexei Vizokov, chefe da fábrica de telefones Telta na região russa de Perm, e da contadora-chefe da empresa, Yelena Gryoshina. O general de 53 anos terá que permanecer na prisão até, pelo menos, 22 de julho.

As acusações contra Shamarin podem levar a uma sentença de prisão de até 15 anos, de acordo com a agência russa.

O general, que chefiou o Escritório Geral de Comunicações do Exército, ocupava o cargo de vice-chefe de gabinete desde 2021. Ele substituiu Jalil Arslanov, que foi preso em 2020 sob a acusação de fraude e corrupção.

Nas últimas semanas, alegações de corrupção já levaram à prisão do vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov, e de Yuri Kuznetsov, chefe do escritório de pessoal do departamento. Nesta semana, a Justiça russa manteve sob custódia o ex-comandante do 58º Exército das Forças Armadas Russas, Ivan Popov.

As prisões de oficiais militares de alto escalão ocorrem em meio a uma grande reformulação no Ministério da Defesa da Rússia, após a demissão do ministro da pasta, Sergey Shoigu, que foi substituído pelo economista Andrei Belousov.

Na segunda, o ditador russo, Vladimir Putin, também demitiu o vice-ministro da Defesa, Yuri Sadovenko, que foi substituído por Oleg Saveliev, que até então era auditor da Câmara de Contas da Rússia.

Putin havia estimado anteriormente os gastos com defesa e segurança para este ano em 8,7% do produto interno bruto (PIB) e justificou a nomeação de Belousov com a necessidade de gerenciar esses enormes recursos e modernizar as Forças Armadas e a indústria militar.

Da mesma forma, o chefe do Kremlin garantiu que o Exército está melhorando suas posições no front "diariamente", razão pela qual não haverá mudanças no Estado-Maior.

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