O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou nesta quinta-feira que 179 profissionais da comunicação seguem presos no mundo, o número mais alto dos últimos 15 anos, sendo que pela primeira vez desde 1990 nenhum deles está detido na América Latina.

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"É um dado positivo que não haja jornalistas presos na América Latina, já que até pouco tempo atrás Cuba era um dos países que mais prendiam jornalistas em todo o mundo", afirmou à Agência Efe o coordenador da seção para as Américas do CPJ, Carlos Lauría.

Lauría, porém, evitou comemorar a situação, já que "em Cuba seguem detendo jornalistas independentes como forma de intimidação, além de sofrerem atos de repúdio e surras e de estarem sob vigilância constante".

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O CPJ constatou que pelo segundo ano consecutivo o Irã é "a maior prisão de jornalistas do mundo", com 42 profissionais da comunicação detidos, seguido por Eritréia (28), China (27), Mianmar (12), Vietnã (9) e Síria (8).

"O Irã mantém suas prisões abertas para novas detenções, onde os presos são objeto de tratamentos desumanos", denunciou o CPJ, que detalhou em seu relatório que desde 2009 a campanha "impiedosa" das autoridades contra a imprensa forçou 67 repórteres a abandonarem o país.

Em seu censo, a organização inclui 179 jornalistas, editores e fotojornalistas que até 1º de dezembro seguiam atrás das grades em "Estados repressores que tentam asfixiar os fluxos de informação". O número é 19% maior que os 145 casos registrados há um ano.

A maioria dos jornalistas foi presa em seus próprios países por acusações de subversão contra o Estado ou por violação das normas de censura, e em 65 dos casos continuam presos sem que tenham sido apresentadas acusações contra eles.