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Crianças sobre destroços de casas em Qala-e-Wakil em 2001 | Said Mohammad Azam/AFP
Crianças sobre destroços de casas em Qala-e-Wakil em 2001| Foto: Said Mohammad Azam/AFP

Cabul - O número de civis afegãos mortos em conflitos em 2008 alcançou um recorde de 2.118 pessoas, um aumento de 40% em relação ao ano anterior, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Enquanto isso, um centro de estudos conservador norte-americano, o Rand Corp., divulgou relatório no qual adverte que os Estados Unidos precisam mudar de maneira urgente a estratégia no Afeganistão. O presidente dos EUA, Barack Obama, aprovou ontem o envio de reforços ao país da Ásia Central (leia abaixo).

O documento da ONU aponta que os insurgentes foram responsáveis por 55% das mortes em 2008. Tropas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mataram 829 civis, ou 39% do total. Dessas, 552 mortes foram atribuídas a ataques aéreos.

O tema das mortes de civis gera controvérsia entre os EUA e o presidente afegão, Hamid Karzai. O governo local tem aumentado as exigências para evitar que tropas norte-americanas matem civis.

Cerca de 3 mil soldados norte-americanos chegaram recentemente ao Afeganistão, para atuar em duas violentas províncias perto de Cabul. O comando admitiu que pode aumentar o número de mortes de civis por causa da presença deles.

A equipe da ONU afirma que cerca de 130 pessoas foram mortas em fogo cruzado e, por isso, não foi possível determinar quem exatamente foi responsável por essas mortes. Segundo o relatório da ONU, o número de civis mortos subiu 31%, em comparação com 2007.

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