O número de deslocados internos na Ucrânia já superou 10 mil pessoas e segue aumentando, advertiu nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A maioria dos deslocados são tártaros e muitos deles tiveram que fugir duas vezes: primeiro abandonaram a Crimeia e posteriormente deixaram o leste da Ucrânia.
As autoridades locais admitiram que ultimamente se percebe um aumento de deslocados internos, que são de etnia ucraniana, russa e famílias mistas.
Pelo menos um terço dos deslocados são crianças, denunciou o Acnur.
Os deslocamentos começaram em março deste ano, pouco antes do referendo na Crimeia e aumentaram gradualmente, segundo a agência da ONU.
A maioria abandonou seu lar ao se sentir ameaçado ou perseguido. No caso dos tártaros, muitos disseram que tinham sofrido ameaças em função de sua crença religiosa, pois grande parte deles é muçulmana.
Além disso, há um outro grupo de deslocados, composto por jornalistas, defensores de direitos humanos ou intelectuais que são perseguidos por causa de seu trabalho e seu compromisso político, denunciou o Acnur.
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