A explosão provocada por um vazamento de gás em um prédio de dez andares nesta terça-feira (6) no centro de Rosário, na Argentina, matou 12 pessoas e feriu outras 63.
O juiz de instrução de Rosário, Juan Curto, confirmou o número de mortos, que poderiam seguir aumentando já que há 15 moradores desaparecidos, motivo pelo qual os trabalhos de resgate continuarão durante toda a noite.
Os feridos permanecem internados em quatro hospitais de Rosário onde estão sendo atendidos, em sua maioria, de fraturas múltiplas, politraumatismos e contusões, segundo o ministro da Saúde da província de Santa Fé, Miguel Ángel Cappiello.
As equipes de resgate trabalham na busca de possíveis novas vítimas entre os escombros da explosão, que afetou outros edifícios da região e pôde ser ouvida há mais de 40 quarteirões de distância.
Em declarações à imprensa, a prefeita de Rosário, Mónica Fein, confirmou que a causa da explosão foi "uma fuga impressionante" de gás, embora tenha ponderado que, "a Justiça que deverá determinar os motivos".
Nesse sentido, Curto afirmou que a principal linha de investigação "recai sobre o bombeiro gasista que trabalhava no complexo de edifícios nos momentos prévios à tragédia" e que já foi detido pela polícia.
Em visita ao local, o governador de Santa Fé, Antonio Bonfatti, assegurou que o cenário no centro da cidade "é de destruição em massa", e destacou o trabalho das equipes de resgate que trabalham com cães para determinar se ainda há pessoas presas entre os escombros.
"Pude ver o cenário do edifício e não poderia descrevê-lo com outras palavras, é uma deflagração enorme", ressaltou.
A forte detonação fez com que 11 escolas próximas ao local fossem esvaziadas diante do risco de uma nova explosão, posteriormente descartada por técnicos do Ente Nacional Regulador do Gás (ENARGAS) e da empresa distribuidora Litoral Gás.
Em entrevista à agência oficial "Télam", o interventor da ENARGAS, Antonio Pronsato, disse que "assim que a região for esvaziada começará a perícia técnica para determinar as causas e com isso as responsabilidades".
A procuradoria ordenou a intervenção no sistema da empresa distribuidora para verificar se algum morador realizou alguma ligação denunciando um vazamento de gás antes da explosão.
O porta-voz de Litoral Gás, José María González, apontou à possibilidade de "o gás ter se concentrado em um ambiente fechado e, por isso, não ter sido percebido pelos moradores do edifício".
Foram até Rosário o ministro argentino de Defesa, Agustín Rossi, e o secretário de Segurança, Sergio Berni, que expressaram "solidariedade com todos os afetados e os familiares das vítimas" em nome do governo nacional.
Eles estavam acompanhados de um grupo da Polícia Federal especializado em busca e resgate. Cerca de 500 agentes vão proteger e dar assistência no local do acidente.
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