O número de mortos na pior explosão em mais de um ano no Iraque aumentou para 73, disse a polícia neste domingo (21). No sábado, num ataque suicida, um terrorista detonou um caminhão lotado de explosivos à porta de uma mesquita no norte do país.
Mais de metade das vítimas foram encontradas em meio aos escombros de aproximadamente 70 casas que foram destruídas na explosão perto da cidade de Kirkuk, disse o general-brigadeiro Najeh Mohammed, o chefe da Defesa Civil local.
"Esperamos que ainda encontremos alguns mortos sob os escombros. Mas as chances agora são menores que antes," disse Mohammed.
Askar Zaman, um sobrevivente da explosão, disse que dez de seus parentes foram mortos, inclusive filhos e netos. Hussein Azab, outro sobrevivente, disse que perdeu oito familiares.
Bandeiras negras e sinais de luto foram içados em postes por toda a vila muçulmana xiita de Taza e as vítimas foram rapidamente enterradas, todas na mesma parte do cemitério local.
O general Turhan Abdul Rahman, vice-comandante da polícia na província de Kirkuk, disse que o número de mortos da explosão de sábado havia subido para 73. É, portanto, o ataque mais violento no Iraque desde que mulheres-bomba mataram 99 pessoas num mercado de Bagdá em fevereiro do ano passado.
Aproximadamente 200 pessoas foram feridas no ataque de Kirkuk.
Apesar de a violência em geral ter caído de forma significativa desde o pico do conflito interno, em 2006/07, ataques suicidas com alto número de vítimas continuam comuns. Os conflitos internos começaram depois da invasão americana em 2003.
Duas mulheres-bomba mataram 60 pessoas à porta da mesquita xiita Iman Moussa el-Kadhim em Bagdá em abril e 50 morreram num ataque suicida num restaurante em Kirkuk em dezembro.
Kirkuk é tida como uma área de conflito entre o governo central iraquiano, comandado por árabes muçulmanos xiitas, e curdos, que consideram a cidade sua terra natal ancestral e querem que ela seja incluída na região curda semi-autônoma ao norte.
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