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As forças de segurança da Síria abriram fogo contra manifestantes em um subúrbio de Damasco e em pelo menos mais duas cidades hoje, matando 21 pessoas, segundo um grupo de defesa dos direitos humanos, informa o Wall Street Journal. O presidente sírio, Bashar al-Assad, continua a ignorar a pressão internacional para interromper a violenta repressão.

Grandes protestos com milhares de pessoas começaram primeiro em Banias, na costa do Mediterrâneo, em Alepo, no norte do país, em Homs, no centro, e em algumas cidades próximas a Deraa, no sul. As forças de segurança abriram fogo contra os oposicionistas em Homs e no subúrbio de Daraya, na capital Damasco, segundo os ativistas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que pelo menos 21 pessoas morreram.

Em Banias, forças de segurança atiraram para o alto e lançaram jatos d'água sobre milhares de pessoas para dispersar um protesto, disse por telefone um morador. Famílias tinham saído para protestar juntas, apesar dos bloqueios em ruas e de centenas de soldados. Os manifestantes acreditavam que a presença de mulheres impediria a repressão.

A fonte, que pediu anonimato, disse que as forças de segurança agarraram mulheres e forçaram-nas a entregar seus celulares. Também foram vasculhadas casas na vizinhança, com o confisco de celulares e outros aparelhos eletrônicos. "A violência continua, ainda que agora seja menos sangrenta", afirmou o morador.

Pelo menos 900 pessoas morreram, e mais de 11 mil estão desaparecidas ou detidas, desde o início dos protestos em Deraa em meados de março, segundo grupos pelos direitos humanos. O regime de Assad reprime os protestos há dois meses, enviando tanques militares e tropas para pelo menos três cidades para impedir o que o governo chama de "grupos terroristas" que querem destruir a Síria.

Ontem, a Síria acusou os EUA de ofuscarem sua soberania, após Washington impor sanções a Assad e seis outras autoridades sírias. O presidente norte-americano, Barack Obama, advertiu Assad para que interrompa a repressão.

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