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O número de mortes pelo terremoto que atingiu a Itália no começo desta semana subiu para 293, enquanto as equipes de resgate continuam as buscas. Há cerca de 40 mil pessoas desabrigadas.

Um dia depois do funeral coletivo que enterrou mais de 200 vítimas do tremor, cães farejadores foram enviados para as ruinas de um prédio de quatro andares em L'Aquila, onde bombeiros haviam escutado barulhos. Mas quando chegou a noite o local ficou silencioso, diminuindo as esperanças de encontrar mais sobreviventes.

"Nós cavamos toda a noite e agora temos que esperar. Já não podemos mais ouvir quase nada", disseram membros do resgate à repórteres da agência de notícias Reuters. O último sobrevivente a ser resgatado foi uma jovem de 20 anos que foi retirada do entulho na terça-feira. A Defesa Civil afirmou que as buscas estão quase no fim.

Réplicas violentas continuam a atingir a região de Abruzzo. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi estimou que 24 mil pessoas estão vivendo em tendas e 15 mil receberam abrigos em hotéis ou casas privadas. Berlusconi ofereceu até suas próprias casas para colocar os desabrigados.

O governo também anunciou a abertura de um inquérito após o presidente Giorgio Napolitano ter questionado a qualidade das contruções. A promotoria de Áquila abriu uma investigação por "desastre culposo" e pediu à prefeitura da cidade, que foi a mais afetada pelos terremotos desta semana na Itália, dados sobre todos os projetos de construção de casas na região durante os últimos anos, informou o prefeito de Áquila, Massimo Cialente.

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