Garoto palestino chora durante o funeral de Mohammed Ketnani, militante palestino morto por ataques de Israel, nesta quarta-feira (14) na Cidade de Gaza| Foto: Reuters

Mais de mil pessoas morreram na Faixa de Gaza depois de 19 dias de ataques israelenses ao território palestino. Balanço divulgado por Muawiya Hassanein, diretor dos serviços de urgência do território dominado pelo Hamas, informa que 1.001 pessoas morreram e 4.580 ficaram feridas. Do lado israelense, morreram ao menos 4 civis atingidos por foguetes em cidades de Israel, e 10 militares em combates no território ou atingidos na fronteira.

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Foguetes vindos do Líbano

Foguetes disparados do Líbano atingiram o norte de Israel nesta quarta, mas não houve vítimas dos ataques, segundo os serviços hospitalares locais. É o segundo ataque proveniente de território libanês desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Segundo testemunhas, Israel respondeu aos ataques com sua artilharia. O alvo do revide israelense foi a região do Sul do Líbano, mas não há registros de feridos até o momento. De acordo com os bombeiros, os foguetes atingiram uma região de descampado perto da cidade de Kiryat Shmona e ninguém ficou ferido.

Na quinta-feira passada (8), três foguetes foram disparados do Líbano, mas Israel tratou o ataque como um incidente isolado.

Horas mais tarde, o Exército do Líbano e soldados da ONU encontraram três foguetes apontados para Israel numa zona do sul do Líbano, informou à France Presse uma fonte dos serviços de segurança. Uma equipe de especialistas foi chamada para desativá-los.

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O secretário-geral da Frente Unida das Facções Palestinas, Khaled Abea Al-Majed, negou em Damasco a participação dos grupos palestinos no Líbano no lançamento de foguetes contra território israelense. Abea atribuiu o lançamento a iniciativas particulares, e assegurou que o único apoio que envia aos palestinos de Gaza é o "moral".

Horas mais tarde, os alarmes antiaéreos soaram em regiões de Jerusalém, capital de Israel, por volta das 13h locais (9h de Brasília), provocando pânico na população. Mas os serviços de emergência disseram que se tratou de um alarme falso.

A causa do disparo do alarme estava sendo investigada, segundo Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia.

Ao mesmo tempo, tropas israelenses fechavam o cerco ao centro da Cidade de Gaza, e organizações internacionais continuavam expressando preocupação com a situação humanitária do território.

Diplomacia

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Ao mesmo tempo, vários diplomatas davam a entender nesta quarta que o esperado cessar-fogo pode estar próximo.

O Egito informou que vai transmitir a Israel a resposta do Hamas ao plano de cessar-fogo em Gaza, anunciou nesta quarta o ministro egípcio de Relações Exteriores, Ahmad Abul Gheit. Ele disse ter esperanças de que "as coisas se movam" em relação ao processo de paz.

Fontes diplomáticas citadas pela agência egípcia Mena disseram que o Hamas teria reagido "favoravelmente" à proposta.

O chanceler francês, Bernard Kouchner, também disse que "os contornos de um cessar-fogo se definem".

O chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, chegou a assegurar que o Hamas aceitou o cessar-fogo, mas o Ministério de Relações Exteriores da Espanha negou ter conhecimento do fato.

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Também nesta quarta, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou ao Egito para a primeira etapa de uma visita ao Oriente Médio, em que vai tentar avançar no acordo de cessar-fogo em Gaza.

Na chegada, ele voltou a pedir o fim dos ataques. Ele também disse esperar que a iniciativa egípcia pela paz renda frutos "o mais rápido possível".