Milhares de pessoas estão presas sob escombros do tremor, afirmaram funcionários locais
Homem carrega vítima do terremoto em universidade na Sumatra
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Equipes de resgate procuram sobreviventes depois da série de tsunamis que atingiu ilhas do Pacífico nesta quarta-feira (30), destruindo aldeias e matando possivelmente mais de 100 pessoas.

Emissoras de televisão mostraram casas partidas ao meio, carros submersos no mar ou em cima de árvores e grandes barcos de pesca jogados para a terra pelas gigantescas ondas provocadas por um terremoto de magnitude 8 a sudoeste da Samoa Americana, um território norte-americano.

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Algumas vítimas foram arrastadas pelas ondas, que chegaram a 6 metros de altura.

Uma rádio da Nova Zelândia disse que 83 pessoas morreram na Samoa, um país independente, 22 na vizinha Samoa Americana e 7 em Tonga. Essas ilhas têm uma população somada de 400 mil pessoas e dependem economicamente da pesca, da agricultura e do turismo.

Um outro terremoto de magnitude 7,9 ocorreu horas depois na ilha de Sumatra, na Indonésia, deixando pelo menos 200 mortos e mais de mil vítimas soterradas sobre os escombros, segundo as autoridades locais, e provocando um alerta de tsunami para Indonésia, Índia, Tailândia e Malásia.

Além das ilhas do Pacífico e Índico, o sudeste do continente asiático também foi atingido por desastres naturais. Nas Filipinas, 246 pessoas morreram depois que uma tempestade tropical atingiu o país, no fim de semana. A tormenta ganhou força no Mar da China e, na terça-feira, transformou-se num tufão que deixou pelo menos 74 mortos no Vietnã. Nesta quarta-feira (30), os fortes ventos passaram pelo Camboja provocando a morte de 11 pessoas.

O primeiro-ministro da Samoa, Tuilaepa Sailele Malielegaoi, disse que o número de mortos no seu país ainda deve aumentar.

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"Foi sorte (...) que o tsunami tenha chegado quando era dia e a maré estava baixa. Se tivesse vindo no escuro e com maré alta, o número de mortos seria muito maior", disse ele à Reuters.

O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou situação de calamidade na Samoa Americana e liberou recursos para ajudar na recuperação.

"Também estamos prontos para ajudar nossos amigos na vizinha Samoa e por toda a região, e continuaremos a monitorar a situação de perto", disse Obama.

Ajuda

Um avião militar C-130 chegou do Havaí na Samoa Americana na madrugada de quinta-feira (horário local) como parte de uma ponte aérea destinada a levar mantimentos e equipes de resgate. O navio militar USS Ingraham deve chegar por volta de 20h (horário de Brasília).

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Togiola Tulafono, governador do território, disse que há 24 mortos e 50 feridos, e que a parte sul da ilha de Tutuila, a principal do arquipélago, foi "devastada". O número de mortos ainda pode subir devido à presença de pessoas soterradas, inclusive em um asilo de idosos.

O governo da Austrália disse que pelo menos 60 pessoas morreram em Samoa, sendo duas australianas - uma de 6 e outra de 50 anos. Também há seis australianos desaparecidos.

A Austrália enviou medicamentos, tendas, cobertores e galões de água para o arquipélago.

A Cruz Vermelha mobilizou mais de 100 funcionários, que estão recolhendo cocos para ajudar a matar a fome e a sede das populações afetadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Equipes de resgate dizem que o número de mortos em Samoa pode chegar a 100, conforme corpos forem sendo achados na costa sul da ilha de Upolu. Pelo menos 20 localidades, inclusive Lepa, onde vive o primeiro-ministro, foram destruídas.

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As ondas também destruíram resorts turísticos da região.

A Nova Zelândia disse que há sérias preocupações também a respeito da vizinha ilha de Tonga, cuja costa norte foi atingida por uma onda de 4 metros. Autoridades de Tonga confirmaram que há sete mortos e três desaparecidos.

Pequenos tsunamis também atingiram a Nova Zelândia, o Havaí e o Japão.