Investigação
EUA não encontram indícios de uso de armas químicas
O serviço de inteligência dos EUA não detectou novos indícios de que a Síria esteja planejando usar armas químicas contra as forças rebeldes. O anúncio foi feito ontem pelo secretário da Defesa, Leon Panetta.
"Estamos acompanhando a situação atentamente e deixando claro [às autoridades sírias] que, em nenhum caso, devem ser utilizadas armas químicas contra sua própria população", afirmou.
Vários países ocidentais emitiram alertas na última semana, solicitando que o ditador Bashar Assad não usasse armas químicas contra a população. Alguns dos documentos citavam relatórios emitidos pelos EUA, nos quais oficiais afirmavam que o governo da Síria poderia estar se preparando para usar gás venenoso.
Na semana passada, autoridades americanas que não quiseram se identificar afirmaram que o Exército sírio havia carregado bombas com gás sarin para lançá-las de um avião.
Em entrevista na semana passada, o vice-chanceler, Faisal Maqdad, acusou as potências ocidentais de usar a suspeita para justificar uma intervenção militar.
Mais de meio milhão de refugiados da Síria já se espalharam por países vizinhos, informou ontem o Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para Refugiados.
De acordo com os últimos dados divulgados em comunicado em Genebra, 425.160 sírios já foram registrados pelo órgão no Líbano, na Jordânia, no Iraque, na Turquia e no norte da África. Entre os registrados e os que pendem registro, o total é de 509.550 pessoas.
Só no mês de novembro, uma média de 3,2 mil refugiados foram registrados por dia, e cerca de mil sírios cruzaram a fronteira para a Jordânia nas últimas duas noites, informou o comunicado.
Um total de 154.387 pessoas fugiram para o Líbano desde início dos conflitos no país, 142.664 para a Jordânia, 136.319 para a Turquia, 65.449 para o Iraque e 11.740 para o norte da África.
Além disso, existe um grande número de sírios que cruzaram a fronteira para os países vizinhos mas ainda não foram se registrar. Estima-se que sejam cerca de 100 mil na Jordânia, 70 mil na Turquia e no Egito e dezenas de milhares no Líbano, segundo dados da agência da ONU com base em levantamentos dos governos.
"Ao contrário do que é a percepção pública, apenas 40% dos refugiados sírios registrados na região estão em acampamentos", disse a porta-voz do órgão, Melissa Fleming.
Segundo Fleming, a previsão é que o número de pessoas em acampamento aumente conforme se estenda o conflito, pois os recursos vão se esgotando e aqueles que acolhem os refugiados já não podem dar respaldo a um número tão grande de pessoas.
Para ela, a chegada do inverno deve dificultar ainda mais a situação dos refugiados.
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