As autoridades chinesas confirmaram nesta terça-feira a morte de mais cinco pessoas devido ao terremoto que castigou a província noroeste chinesa de Gansu ontem, um fato que elevou o número de vítimas para 94, enquanto os feridos já passam de mil.
Segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades locais, o terremoto de 6,6 graus de magnitude que sacudiu ontem de manhã as comarcas rurais de Minxian e Zhangxian causou mais de mil feridos - 70 deles com gravidade -, além das pessoas que seguem desaparecidas.
As investigações preliminares asseguram que o tremor, junto a suas mais de 400 réplicas, provocou a queda de 51,8 mil casas e danificou gravemente mais 240 mil imóveis.
A maioria dos municípios da província de Gansu, uma das menos povoadas da China, foi afetada pelo tremor, sendo que muitas ficaram parcialmente incomunicáveis durante horas devido aos cortes elétricos.
O hipocentro do terremoto se localizou na cidade de Dingxi, com quase 2,7 milhões de habitantes, a cerca de 170 quilômetros ao leste da capital da província, Lanzhou, e a 20 quilômetros de profundidade. No entanto, a maioria das mortes ocorreu nas comarcas rurais situadas ao sul da cidade, onde as construções costumam ser menos resistentes.
Por enquanto, as autoridades locais transferiram 226,7 mil pessoas para lugares mais seguros, muitas delas afetadas não somente pelo terremoto, mas pelas fortes chuvas e inundações que castigam ainda mais a região afetada. As autoridades locais ainda trabalham com a possibilidade de deslizamentos de terras ou futuras réplicas do terremoto.
Ontem, o governo chinês enviou à região 10 mil tendas de acampamento e 30 mil lençóis, umas provisões que, segundo o prefeito da cidade de Dingxi, "não são suficientes para atender os milhares de desabrigados".
Neste sentido, ele assegurou que seriam necessários 14 mil tendas de campanha e 24 mil lençóis adicionais, além de comida, água potável, remédios e geradores elétricos para enviar às zonas mais afetadas.
Ao contrário do terremoto registrado em Sichuan em 2008, que causou mais 90 mil mortes, não se registraram vítimas nas escolas da zona devido às férias de verão.