Um alto funcionário dos serviços de inteligência da União Europeia (UE) informou à Agência France-Presse (AFP) que o número de mortos decorrentes da explosão no hospital Al Ahli, localizado na cidade de Gaza, é significativamente menor do que o número que foi divulgado pelo Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
Sob condição de anonimato, a fonte do serviço de inteligência europeu declarou para a AFP que "não há 200 ou 500 mortos, mas sim algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50".
O hospital cristão Al Ahli foi atingido por um foguete nesta terça-feira (17). O ataque desencadeou uma troca de acusações entre o Hamas, o exército israelense e a Jihad Islâmica Palestina. No dia do ataque, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que o bombardeio realizado contra o hospital havia vitimado cerca de 500 civis.
Nesta quarta-feira (18), Israel culpou um lançamento de mísseis malsucedido da Jihad Islâmica pelo bombardeio ao hospital. Segundo as forças de defesa israelenses, uma barragem de foguetes foi disparada pelos terroristas de Gaza e falhou no momento em que estava nas proximidades do hospital, na hora em que o mesmo foi atingido.
Nas últimas horas, surgiram evidências adicionais, inclusive coletadas pela inteligência dos EUA, que corroboram a versão israelense, apontando para um lançamento malsucedido de um foguete por parte dos terroristas palestinos.
O porta-voz do exército israelense, Jonathan Conricus, também contestou o número de mortos apresentado pelo Hamas na terça-feira, perguntando "onde estão todos os corpos?".
Uma reportagem da emissora americana CNN, publicada nesta quinta-feira (19), citou uma avaliação preliminar da inteligência dos EUA que estima que entre 100 e 300 pessoas morreram durante a explosão do hospital. A avaliação também aponta que o hospital Al Ahli sofreu “apenas danos estruturais leves”.
Correspondentes da AFP em Gaza afirmam que testemunharam dezenas de corpos, com médicos e civis recuperando vítimas envoltas em panos brancos, cobertores ou sacos plásticos pretos. No entanto, de acordo com informações do jornal israelense The Times of Israel, um grupo de monitoramento da empresa de satélites Maxar divulgou imagens que retratam o hospital após o ataque, revelando que o edifício estava "intacto".
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