Pessoas são encaminhadas para fora do Thomas & Mack Center depois do tiroteio em um festival de música country em Las Vegas, Nevada. As pessoas que não podiam ir aos casinos do hotel que estavam fechados após o tiroteio ficaram temporariamente no centro| Foto: Ethan Miller/AFP

Lindsay Testai, 30, trabalhava como bartender em um estande do lado direito do palco do festival de música country de Las Vegas na noite de domingo (1º) que foi alvo do ataque a tiros conduzido por Stephen Paddock, 64. 

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Ela disse ter achado que os primeiros disparos eram um problema técnico. "Algumas pessoas estavam correndo, mas nós não pensávamos que eram tiros de verdade, então não saímos de onde estávamos." 

Após a segunda rajada, porém, Testai e seus colegas começaram a procurar refúgio, primeiro na despensa do bar, e depois correram por debaixo das arquibancadas até conseguirem se esconder em uma igreja. 

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Veja abaixo seu depoimento: 

"Trabalhava de bartender no lado oeste do local do evento. Todo mundo ficou confuso com o som dos primeiros tiros. 

Achava que poderia ser um problema com o sistema de som porque a banda continuou tocando. Algumas pessoas estavam correndo, mas nós não pensávamos que eram tiros de verdade, então não saímos de onde estávamos. 

Assim que apagaram as luzes do palco e desligaram a música, uma grande multidão começou a correr e nós percebemos que era real. Muitos de nós nos escondemos na despensa atrás do bar. Nós literalmente ouvimos as balas atingindo o estande. Ninguém sabia de onde vinham os tiros, mas parecia que estavam chegando mais perto. 

Logo depois da segunda leva de tiros eu corri por debaixo das arquibancadas para sair do local. Muitos membros da equipe do espetáculo e seguranças arriscaram suas vidas para conduzir as pessoas para um lugar seguro. 

Corri para uma igreja próxima para me esconder e tentar entrar em contato com o meu noivo, que trabalhava do lado oposto de onde eu estava. Logo depois ele pôde pegar nosso carro e me buscar. Nós enchemos o carro com outros cinco estranhos e fugimos de lá o mais rápido possível. 

Nunca me senti tão frágil e assustada na minha vida. Corpos dos mortos e pessoas feridas estavam perfilados nas ruas. O atendimento da polícia e dos paramédicos foi fantástico. 

Hoje a memória do choque da noite passada ainda está na minha cabeça. As cenas não param de se repetir e continuamos nos perguntando o porquê de ele ter feito isso. 

Nós somos muito agradecidos de que conseguimos sair ilesos e nos encontrarmos. Nossos pensamentos estão com todos aqueles que ficaram feridos ou foram mortos e com suas famílias."