Londres e Paris - A Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol) afirmou ontem que a nova nuvem de cinzas do vulcão na Islândia dispersou sobre o oceano Atlântico e liberou o tráfego aéreo na parte sul da Europa. Neste fim de semana, as cinzas, que podem causar pane nas turbinas dos aviões, obrigaram vários países a fechar aeroportos e cancelar voos.
A nuvem de cinzas, contudo, ainda bloqueava ontem as rotas pelo Atlântico e que conectam a Europa e a América do Norte. Segundo a Eurocontrol, todos os voos transatlânticos terão de ser desviados para circular a nuvem, o que causará atrasos.
Não há sinal do fim da erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull, embora ele esteja expelindo bem menos cinzas do que na semana passada, disse Magnus Tumi Gudmundsson, da Universidade da Islândia.
O vulcão entrou em erupção no dia 14 de abril, soltando cinzas que no mês passado causaram o maior fechamento de espaços aéreos desde a Segunda Guerra Mundial, afetando mais de 100 mil voos e 8 milhões de passageiros por mais de uma semana.
A produção de cinzas na última quinta-feira foi a segunda maior, soltando uma nuvem a 10 mil metros de altura, mas desde então diminuiu. Mas "a erupção continua. Não temos um final em vista", disse o geólogo.
Ontem o Eyjafjallajokull estava emitindo cerca de 50 toneladas métricas de cinzas por segundo, abaixo da média entre 300 e 400 toneladas por segundo registradas na quinta-feira.
O vulcão quase parou de expelir cinzas por algumas semanas enquanto a lava descia pela encosta, mas na semana passada ele voltou a seu estado explosivo inicial, novamente fazendo com que os aviões ficassem no solo em vários países europeus.