A nuvem de cinzas vulcânicas oriunda da Islândia se espalhou pelo Atlântico Norte e se aproximou da costa canadense, mas não deve avançar muito pela América, disseram meteorologistas nesta segunda-feira.
O serviço britânico de meteorologia (Met Office) disse que a vasta nuvem, que desde a semana passada provoca transtornos no transporte aéreo europeu, chegou na segunda-feira à província canadense de Newfoundland.
Mas os ventos que levaram a nuvem para lá devem mudar de direção em breve, evitando que ela cubra uma grande parte dos EUA e do Canadá.
A interdição do espaço aéreo em parte da Europa por causa do material vulcânico faz com que as empresas do setor sofram prejuízos piores do que na época dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Bob Syvret, meteorologista de plantão no Met Office, disse à Reuters que a nuvem deve permanecer na região de Newfoundland durante 12 a 18 horas, mas "não parece que irá muito mais a oeste do que isso, só na costa e um pouco terra adentro."
Às 14h28 (hora de Brasília), o Met Office divulgou um mapa com uma linha vermelha mostrando a área da nuvem vulcânica, com uma altura de até 6.000 metros. (here)
A nuvem se origina num vulcão no sul da Islândia, e cobre grande parte do norte da Europa, parte do Atlântico Norte e uma faixa da Rússia.
É difícil estimar a densidade do material nas suas extremidades, e por isso os alertas à aviação na América do Norte ficarão a cargo das autoridades nos EUA e Canadá, disse Syvret.
"A nuvem provavelmente vai para norte, para longe da América do Norte e na direção da Groenlândia, ou para sudeste e de volta para o Atlântico", disse ele. "Não achamos que irá mais longe para o oeste."
As autoridades canadenses disseram não ter detectado cinza vulcânica, e os meteorologistas do governo dos EUA também preveem que o material irá recuar para leste.
Autoridades britânicas disseram que o nível da cinza diminuiu, e que o espaço aéreo do país começará a ser reaberto às 6h de terça-feira do horário local (3h em Brasília).
Atrasos nos voos
A União Europeia fechou um acordo na segunda-feira para reduzir a zona de proibição aérea provocada por uma nuvem de cinzas proveniente de um vulcão da Islândia, sob a pressão das companhias aéreas que estão perdendo 250 milhões de dólares por dia.
Embora alguns países estivessem abrindo seu espaço aéreo, as autoridades afirmaram acreditar que menos de um terço dos voos operasse na Europa na segunda-feira, no quinto dia do caos aéreo que afetou passageiros de todo o mundo e causou o cancelamento de voos de carga.
"No nível nacional e no europeu, decidimos agir passo a passo rumo à normalização, dentro de rígidas exigências de segurança", disse o ministro de Transportes da Alemanha, Peter Ramsauer, à televisão N24.
Um diplomata da UE dissera antes que parecia haver um consenso em torno da criação de novas zonas com uma região de proibição aérea perto do vulcão e uma zona mais ampla onde os voos estariam sujeitos a restrições de segurança e a verificações, mas não proibição.
Ele afirmou que o novo regime deveria entrar em vigor às 3h de terça-feira (horário de Brasília).
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