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Sismologia

O desafio de prever terremotos

Veja como acontecem os terremotos |
Veja como acontecem os terremotos (Foto: )

Saber exatamente a hora e o local de um terremoto é uma ta­­refa que há décadas vem desafiando a ciência. Hoje, o mais perto que os sismólogos podem chegar disso é estabelecendo a probabilidade de um tremor afetar uma certa região num determinado período de tempo (normalmente, contado em anos). O tremor da última terça-feira no Haiti, de 7 pontos na escala Rit­­cher, volta a levantar a questão sobre quais medidas poderiam melhorar essas previsões.

O modelo utilizado atualmente é baseado quase que ex­­clusivamente em dados históricos sobre os terremotos. Há quem defenda que uma atualização desse sistema já é possível. "É preciso uma nova ma­­neira de pensar. Combinando, por exemplo, o uso de tecnologias modernas de computação e observação com métodos convencionais de previsão", afirma Huilin Xing, professor da Uni­­versidade de Queensland, na Austrália, e diretor do Centro de Ciência Com­­putacional de Sis­­temas da Terra, da mesma instituição. As informações são do site da universidade.

Segundo Xing, vários dos últimos terremotos mais destruidores ocorreram depois de um período de "silêncio de terremotos". A questão, diz, é que esses períodos diferem muito entre si. Entre o último terremoto devastador no Haiti e o de terça-feira se passaram 200 anos. Já entre o terremoto de 2008 na China e o anterior, foram 5 mil anos.

Hoje, quem lidera os estudos neste campo é a Nasa, a agência espacial americana. Um deles tenta analisar as anomalias térmicas nas regiões de grandes terremotos, com o auxílio de satélites e dados terrestres.

A relação entre terremotos e a temperatura atmosférica ocorre por causa da emissão de determinados gases. Segundo um estudo da Nasa, o urânio na crosta da Terra emite uma pequena quantidade de um gás radioativo chamado radônio. Com o atrito das falhas geográficas que levam a um terremoto, mais quantidade de radônio escapa para a atmosfera. Em contato com o ar, esse gás pode resultar na formação de aerossóis. Estes, por sua, poderiam ser observados nas imagens de satélite. A questão agora, afirmam os cientistas da Nasa, é aperfeiçoar esse método para que ele se torne estatisticamente confiável.

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