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Charles Taylor

O ex-presidente da Libéria está vivendo no exílio, na Nigéria, desde que renunciou, em agosto, sob pressão internacional e de tropas rebeldes que se aproximavam da capital. Um tribunal especial apoiado pela ONU, em Serra Leoa, acusa Taylor de armar rebeldes daquele país durante a guerra civil, em troca de diamantes. Os rebeldes de Serra Leoa eram conhecidos por mutilação de civis, estupros e recrutamento de crianças-soldado. No dia 4 de dezembro, a Interpol emitiu uma notificação para prisão de Taylor, mas o governo da Nigéria informou que não pretende entregá-lo.

Manuel Noriega

O ex-presidente do Panamá cumpre pena de 40 anos de prisão em um presídio federal dos EUA, em Miami, por narcotráfico e lavagem de dinheiro. Em 20 de dezembro de 1989, os EUA invadiram o Panamá para destituir o general Noriega, no poder havia um ano, e acabar com um governo acusado de corrupção e ligação com o tráfico de drogas. Foram duas semanas de combates. Os homens leais a Noriega resistiram mais que o esperado, e o ditador escapou nas primeiras horas de luta, refugiando-se na nunciatura apostólica. Em 4 de janeiro de 1990, porém, Noriega entregou-se, na condição de prisioneiro de guerra. Foi julgado nos EUA, em 1992.

Pol-Pot

Condenado à prisão perpétua domiciliar por genocídio, o ex-ditador do Camboja morreu em 1998. De 1975 a 1979, Pot governou o Camboja, à frente do regime do Khmer Vermelho, responsável por mais de um milhão de mortes - quase um quinto da população. Pol Pot surgiu como homem forte do país após a tomada do poder pelo movimento comunista radical. Esvaziou as cidades e massacrou as pessoas com educação formal, aboliu o comércio e a moeda, a religião, as artes e a vida em família. Implantou campos de trabalho escravo onde parte significativa dos cambojanos foi forçada a viver. Pol Pot fugiu quando as tropas vietnamitas ocuparam o Camboja, em 1979, e só reapareceu em 1997.

Nocolae Ceausescu

Em meio à queda em série de regimes comunistas no Leste da Europa, o ditador romeno foi derrubado em um golpe e julgado sumariamente. No mesmo dia em que seu governo foi derrubado, em dezembro de 1989, ele e sua mulher, Elena, foram executados. Ceausescu era apoiado por sua temida polícia política, mas o Exército e a população aliaram-se contra o ditador. Bucareste virou um campo de batalha. Nicolau Ceausescu e sua mulher, Elena, eram acusados em inúmeras denúncias de corrupção e de perseguição política.

Idi Amin Dada

O ex-ditador de Uganda, acusado de massacrar 200 mil compatriotas nos anos 70, morreu no exílio, na Arábia Saudita, em agosto de 2003. Idi Amin nasceu presumivelmente em 1925 e serviu no exército colonial britânico, no qual se alistou em 1945 como ajudante de cozinheiro. Mais tarde, foi treinado como pára-quedista pelo Exército israelense. Em 1966, foi nomeado chefe do Exército pelo presidente Milton Obote. Em 1971, derrubou Obote, dissolveu o Parlamento e iniciou seu sangrento reinado de oito anos. Em 1976, declarou-se presidente vitalício. Idi Amin foi derrubado em 1979 por uma invasão de tropas tanzanianas e rebeldes ugandenses.

Jean-bedel Bokassa

Um dos ditadores mais brutais da África, Bokassa morreu em 1996, três anos depois de libertado da prisão, a que havia sido condenado por assassinato. O ex-líder da República Centro-Africana havia sido deposto em 1979, em um golpe militar apoiado pela França, após 13 anos no poder. Durante seu regime de terror, foi proclamado imperador Bokassa I e acusado de matar e comer os que o criticavam. Em 1979, 100 meninos foram mortos, porque reclamaram de estar sendo obrigados a comprar uniformes escolares na fábrica do ditador. Deposto, Bokassa exilou-se na Costa do Marfim e na França. Voltou a seu país em 1987, esperando boa acolhida. Acabou enfrentando um julgamento público por assassinato, tortura e canibalismo. Foi absolvido das acusações de canibalismo, mas não de assassinato. Condenado à morte, teve a pena reduzida para 20 anos de prisão e acabou solto em setembro de 1993.

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