Seul – A cabeleira e os sapatos de plataforma levam o Ocidente a ridicularizar o líder norte-coreano Kim Jong-Il, 64 anos, mas especialistas advertem que se trata de um hábil estrategista. "Não é um louco nem alguém que vive de ilusões", considera o francês Michael Breen, autor do livro "Kim Jong-Il: ditador norte-coreano".

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Em seu país "é como um Deus para a população", explica Yu Suk-ryul, analista político sul-coreano. Kim Jong-II pretende ter um míssil nuclear norte-coreano capaz de chegar aos Estados Unidos, com a esperança de que isso impedirá Washington de se envolver nos assuntos do regime comunista. "Não creio que esteja disposto a abandonar seu armamento atômico... Isto o obrigaria a confiar nos EUA e na Coréia do Sul", considera Breen.

Kim Jong Il, apelidado de "pigmeu" pelo presidente norte-americano, George W. Bush, por sua baixa estatura (compensada os sapatos de plataforma), é o filho mais velho de Kim Il Sung, fundador da Coréia do Norte comunista e líder adorado pelo povo. Segundo a propaganda oficial, quando Kim Jong Il nasceu, no dia 16 de fevereiro de 1942, uma estrela e um arco-íris duplo foram vistos no céu. Historiadores independentes, no entanto, acreditam, que ele nasceu na Rússia, onde seu pai arquitetou a guerra de resistência contra o invasor japonês até 1945.

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Aos 22 anos, ele começou a escalar posições no Partido dos Trabalhadores (no poder), tendo planejado, por exemplo, a explosão de um avião da Korean Airlines, em que os 115 pessoas morreram em 1987.

Em 1994, três anos após a morte do pai, Kim Jong II tomou as rédeas do Partido dos Trabalhadores e, por conseqüência, as do país.