Na tradição cristã, Herodes era um megalomaníaco sanguinário, que entrou em uma fúria paranóica quando encontrou três reis magos que seguiam para Belém, com presentes para o menino Jesus, e que lhe informaram sobre o nascimento de um novo rei em Israel. Herodes ordenou então a morte de todos os bebês do sexo masculino, com até dois anos de idade, em Belém, na tentativa de acabar com a vida de Jesus.
Nascido em 73 a.C. em Ashkelon, hoje ao sul de Tel-Aviv, o rei Herodes declarou-se judeu apesar de seus pais não o serem, e foi nomeado governador da Judéia aos 25 anos.
Mais tarde, no ano 40 a.C, foi declarado "rei dos judeus" pelo Senado romano. Reinou entre 34 e 40 anos, segundo diferentes registros, e teria morrido no ano 4 ou 5 a.C. Historiadores concordam que, perto do fim do seu reinado, Herodes mandou matar vários rivais políticos e familiares que, supostamente, conspiraram contra seu reinado, entre eles uma das suas 10 mulheres e três dos seus próprios filhos.
O historiador Josephus, que escreveu em Roma várias décadas após a morte do rei, conta que quando Herodes ficou doente e sentiu a morte se aproximar, mandou matar vários nobres judeus, porque assim sua morte, que ocorreu logo em seguida, traria lamentações verdadeiras da nobreza.