Barack Obama e John McCain jogaram suas últimas cartadas ontem na luta para conquistar os indecisos. Os dois candidatos priorizaram estados em que seus partidos perderam há quatro anos. Muito cortejados pelos dois lados, os cerca de 6% dos eleitores americanos indecisos jogarão um papel de muita importância na eleição presidencial, e são a esperança de John McCain para conseguir reduzir a defasagem em relação ao adversário democrata Barack Obama. Não há um "perfil típico do eleitor indeciso", observa Curtis Gans, diretor do centro de estudos do eleitorado americano da American University em Washington. Tanto pode ser o eleitor negligente que não tem tempo de se interessar por política, ou o que não quer saber disso; mas pode ser também o que quer pensar até o último momento para tomar sua decisão, explica Gans. Assim, Barack Obama e John McCain, longe de aproveitarem um domingo de folga, já amanheceram em campanha, a horas da eleição presidencial nos Estados Unidos. Ontem, bem cedo, os dois senadores entraram em seus respectivos aviões, acelerando ainda mais o ritmo de campanha para tentar convencer os últimos indecisos.
O republicano John McCain, 72 anos, teve ontem uma verdadeira maratona, com comícios na Pensilvânia, em New Hampshire e na Flórida. Já Barack Obama, 47, passou grande parte do dia em Ohio, antes de se dirigir para a Flórida. Com, respectivamente, 27 e 20 grandes eleitores, Flórida e Ohio são cruciais para a eleição à Casa Branca. As vitórias de George W. Bush em 2000 e 2004 foram decididas nestes dois estados.
A última pesquisa Washington Post/ABC News, publicada neste domingo, dava uma vantagem de nove pontos a Obama (53% dos votos contra 44% para McCain). De acordo com o site especializado independente RealClearPolitics, a diferença entre os dois é de mais ou menos seis pontos. Entretanto, os republicanos continuam se dizendo confiantes.
Na noite de sábado, McCain participou do popular programa de tevê Saturday Night Live ao lado da imitadora Tina Fay, fantasiada de Sarah Palin. Em Ohio, um estado particularmente afetado pela crise industrial, Obama dirigiu comícios em Columbus, Cleveland e Cincinnati. Enquanto isso, sua equipe aproveitou mais uma oportunidade para criticar os republicanos. Sábado, o vice-presidente Dick Cheney, símbolo de todos os erros cometidos pelo governo Bush, anunciou que está "feliz" em apoiar a candidatura de McCain. Ontem, em um clipe eleitoral intitulado "feliz", a equipe democrata ironizou sobre este novo apoio, apresentando McCain como estreitamente ligado a Bush e Cheney. "Esta não é a mudança de que precisamos", sentencia o narrador do clipe.
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