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O que a nova lei de tecnologia da Flórida significa para os conservadores do estado

Governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, tenta regular as redes sociais em seu estado. (Foto: Divulgação/FLGOV)

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O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou recentemente um projeto de lei com o objetivo de regular plataformas de mídia social, como Facebook, YouTube e Twitter, devido a sua supressão repetida e agressiva do discurso conservador.

A legislação multaria as empresas de mídia social, se removerem das plataformas os candidatos a cargos estaduais durante o período eleitoral, além de tornar mais fácil para os cidadãos processarem gigantes da tecnologia.

DeSantis tem experiência em primeira mão de censura de conteúdo por empresas de tecnologia por motivos arbitrários. Em abril, o governador postou uma reunião na prefeitura com médicos das escolas de medicina de Oxford, Stanford e Harvard no YouTube.

Em resposta a uma pergunta de DeSantis sobre a necessidade de as crianças usarem máscaras, todos os médicos concordaram que isso era desnecessário.

O YouTube prontamente retirou o vídeo por "desinformação médica" e, em seguida, emitiu um comunicado dizendo que não era politicamente motivado.

Certamente, isso não convenceu ninguém, uma vez que o YouTube já tinha a reputação de banir o discurso conservador de que não gosta pelos motivos mais espúrios.

Os conservadores já haviam começado a reagir contra os gigantes da tecnologia em um nível individual. Um exemplo é o comentarista e comediante Steven Crowder, que anunciou recentemente que processaria o YouTube por causa da aplicação inconsistente e direcionada de suas regras.

Tal como explicado por Kara Frederick, pesquisadora da Heritage Foundation: “Em março, o YouTube desmonetizou o canal de Crowder e emitiu seu primeiro aviso de 2021, alegando que um de seus vídeos continha informações incorretas da Covid-19.

Em abril, Crowder ganhou o "segundo aviso" sob o pretexto de assédio e intimidação virtual. Mais uma infração na janela designada de 90 dias e ele será excluído permanentemente de seus 5 milhões de seguidores no YouTube.”

Embora as ações individuais tomadas por conservadores, como Crowder, sejam um começo, o que a Flórida está fazendo definirá o tom de como os conservadores lutam contra as big techs em uma escala maior e mais organizada.

A censura por plataformas de mídia social ameaça a existência do movimento conservador, mas o movimento tem lutado até agora para aderir a uma solução única. Essa dificuldade de encontrar soluções padronizadas é a razão pela qual projetos de lei como este que DeSantis assinou em 24 de maio são úteis.

A batalha para preservar as vozes conservadoras online deve ser travada em várias frentes. Além do nível individual, o mercado privado também deve estar envolvido.

Existem empresas privadas que exemplificam este princípio de soluções de mercado livre. Por exemplo, a Right Forge é uma empresa de hospedagem de dados que se recusa a retirar conteúdo que não seja explicitamente ilegal e tem um conjunto de princípios básicos com base na Constituição.

Da mesma forma, a plataforma de conteúdo Locals permite que marcas e criadores carreguem e gerenciem sua própria comunidade de apoiadores, com o mínimo de interferência da plataforma maior.

À medida que os gigantes da tecnologia continuam a estrangular a dissidência, os descontentes criarão plataformas que valorizam a liberdade de expressão que tanto amam.

Empresas que valorizam o discurso livre e aberto devem receber apoio conservador, pois isso começará a pressionar plataformas como o Twitter ou o Facebook para respeitar esses valores ou perder apoio.

Mas tão importante quanto os esforços individuais ou de companhias privadas, a luta para proteger o discurso conservador deve ser travada nos estados.

Os estados, ao contrário do governo federal que é amplo e abrangente demais, podem ser locais de teste restritos para soluções mais eficazes contra a censura.

Os conservadores podem ver quais políticas são as mais eficazes para responsabilizar as empresas de tecnologia, mantendo-as transparentes e evitando que as empresas de mídia social abusem de seu poder sobre o discurso público.

A guerra para preservar pensamento e discurso conservadores na Internet será longa e cansativa. É bom que governadores estaduais, como DeSantis, estejam liderando o ataque, e dizendo ao YouTube e outros da mesma espécie que a direita vai contra-atacar.

Indivíduos e estados devem manter a pressão. Se isso não for feito, em breve não haverá mais portos seguros.

Douglas Blair é colaborador do Daily Signal.

©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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