Ao redor do mundo, pessoas prestaram suas homenagens, como esta mulher na Albânia| Foto: ARBEN CELI/REUTERS

A série de ataques na noite de sexta-feira (13) em Paris deixou até o momento 129 mortos e mais de 350 feridos. À medida que novas informações são reveladas, o mundo passa a desvendar o quebra-cabeça que culminou em um dos mais terríveis capítulos dos últimos anos. Veja o que já se sabe sobre o assunto

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Três homens-bomba ativaram os cintos de explosivos perto do Stade de France, às 21h20, 21h30 e 21h53 (18h20, 18h20 e 18h53, no horário de Brasília). Uma pessoa morreu, além dos três terroristas.

Um homem-bomba explodiu às 21h40 (18h40, no horário de Brasília) no restaurante Voltaire Comptoir, no Boulevard Voltaire, sem fazer vítimas.

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Três terroristas chegaram ao Bataclan em um Polo de cor preta. Os três morreram depois de matarem mais de 80 vítimas.

Em toda a cidade, pelo menos 129 pessoas morreram nos ataques. O procurador de Paris, François Molins, disse que os ataques também deixaram 352 feridos, 99 em estado grave.

Três equipes coordenadas agiram quase simultaneamente nesta sexta-feira (13), de acordo com Francois Molins, o procurador de Paris. A semelhança dos equipamentos (rifles de assalto Kalashnikov 7,62 milímetros e coletes de explosivos TATP) e a simultaneidade dos ataques sustentam isso.

Dois carros foram identificados por investigadores através de depoimentos e vídeos: um Seat de cor preta, e um Polo de cor preta, ambos registrados na Bélgica.

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Um francês foi identificado como um dos três terroristas do Bataclan. Nascido no dia 21 de novembro de 1985 em Courcouronnes, o terrorista já era conhecido da Justiça francesa por ter cometidos crimes comuns. Ele nunca foi preso, embora tenha oito condenações.

Três pessoas foram presas tentando entrar na Bélgica na manhã deste sábado (14). Um deles, um francês, foi quem alugou o Polo preto usado na ação. Ainda não está claro se ele participou dos ataques.

Polícia belga realiza várias prisões ligadas a ataques em Paris, diz ministro

Após buscas em um distrito de Bruxelas, a polícia belga realizou várias prisões neste sábado (14) de pessoas supostamente ligadas aos ataques em Paris reivindicados pelo Estado Islâmico e que deixaram ao menos 129 mortos, informou o ministro da Justiça da Bélgica.

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A motivação dos ataques ainda não está clara. No entanto, durante as conversas com a polícia no Bataclan, os terroristas citaram a Síria e o Iraque. E isto está de acordo com a reivindicação dos ataques pelo grupo Estado Islâmico, que mencionou a participação da França nos ataques na Síria e os “insultos ao profeta Maomé”.

Um homem preso neste sábado na Bélgica é um francês que alugou o carro usado pelos terroristas responsáveis pelos ataques em Paris para chegar à casa de espetáculos Bataclan, afirmou o procurador da capital francesa, François Molins. O homem, francês residente na Bélgica, foi preso em uma operação policial na fronteira entre os dois países junto com outros dois indivíduos, indicou Molins, que afirmou que nenhum dos três estava fichado na França. Os outros dois presos também moram na região de Bruxelas, disse o promotor de Paris.

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Mentira

Um grupo terrorista em Yvelines, um departamento localizado ao lado de Paris. Várias fontes disseram ter visto um carro com quatro homens fortemente armados. A informação foi desmentida.

Quatro policiais mortos no assalto do Bataclan. As autoridades não confirmaram a informação, que surgiu na madrugada de sábado (14). De acordo com fontes oficiais, um policial foi morto e outro ferido no Bataclan.

Tiroteios em Les Halles, em Belleville, Trocadero, em Vincennes e Republica. Não há confirmação de tiros ou vítimas nesses locais. Segundo a polícia francesa, por enquanto, só é possível afirmar que os ataques aconteceram em seis lugares: as ruas Bichat/Alibert, a Rue de la Fontaine-au-Roi, o Bataclan, a Rue de Charonne, o Boulevard Voltaire e em torno do Stade de France

Um comboio de alta velocidade que estava em testes perto da cidade francesa de Estrasburgo, incendiou-se. O último balanço aponta para dez pessoas mortas. Não foi estabelecida qualquer ligação com os ataques terroristas de Paris.

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Perseguições em Boulogne e Bagnolet. A informação foi derrubada por fontes policiais.

Um grande incêndio devastou 2.500 m2 de tendas e barracos construídos por imigrantes na cidade portuária de Calais, na França, horas após os atentados terroristas em Paris. Segundo o prefeito da cidade, trata-se de um acidente, sem qualquer vínculo com os atentados.

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Ainda não se sabe

O passaporte de uma pessoa que nasceu na Síria foi encontrado por bombeiros no Stade de France. De acordo com as autoridades gregas, a informação do passaporte corresponde a de um refugiado que entrou na Europa pelo país em outubro deste ano. No entanto, os investigadores não confirmam se o homem-bomba era o dono do passaporte.

Pelo menos quinze pessoas foram mortas às 21h25 (18h25 em Brasília), no bar e restaurante Le Petit Le Carillon Camboja (na esquina da Alibert e Bichat). Às 21h32 (18h32 em Brasília), cinco pessoas foram mortas no Bom Café, na rue de la Fontaine au Roi. E às 21h36 (18h36), pelo menos dezenove pessoas morreram na rue de Charonne. Os terroristas continuam foragidos.

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Terroristas ou cúmplices? Não se sabe a identidade e o papel das três pessoas detidas neste sábado (14) na fronteira belga.