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Policiais com proteção antibomba deixam o apartamento de Yamagami, onde encontraram armas artesanais e explosivos
Policiais com proteção antibomba deixam o apartamento de Yamagami, onde encontraram armas artesanais e explosivos| Foto: EFE/EPA/JIJI PRESS

Tetsuya Yamagami, o homem de 41 anos que matou a tiros o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, admitiu o crime e disse que a motivação para o assassinato foi o ódio contra uma “organização específica” à qual, segundo acredita, o político estaria ligado, informou a polícia japonesa nesta sexta-feira (8).

O nome dessa organização não foi divulgado. Abe foi baleado enquanto discursava durante um evento da campanha para as eleições legislativas japonesas na cidade de Nara, no oeste do Japão.

Segundo o portal Nikkei Asia, Yamagami disse que soube onde Abe estaria por meio de um site que informava a agenda política do ex-primeiro-ministro japonês. O homem preso disse aos policiais que o crime não teve relação com as posições políticas de Abe.

Yamagami serviu na Força de Autodefesa Marítima do Japão por três anos, entre 2002 e 2005, e recentemente trabalhou numa fábrica na região de Kansai, no oeste do Japão, de onde pediu demissão em maio. Um ex-colega disse ao Nikkei Asia que Yamagami era quieto no ambiente de trabalho e não manifestava posições políticas.

A polícia confirmou que a arma usada por Yamagami era artesanal. Outras armas confeccionadas por ele e explosivos foram encontrados no apartamento do atirador. Vizinhos foram evacuados do prédio enquanto a polícia revistava o local devido ao risco de explosões.

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