O príncipe Charles e sua esposa Camilla pousaram em Havana no domingo (24) para a primeira visita oficial de um membro da família real britânica a Cuba.
A viagem histórica está sendo vista como uma tentativa de fortalecer as relações comerciais entre o Reino Unido e Cuba, que eram inimigos durante a Guerra Fria.
A visita real acontece no momento em que o principal aliado do Reino Unido, os Estados Unidos, tenta isolar ainda mais o governo comunista de Cuba, e também acusa cada vez mais o país de contribuir para a crise na Venezuela, aliada de Cuba.
A turnê pelo Caribe começou no dia 17 e já teve paradas em Santa Lúcia e Barbados, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis, e Granada - todos reinos da Commonwealth, e que portanto têm como chefe de Estado a Rainha Elizabeth II.
O casal ficará em Cuba até esta quarta-feira, e depois segue para as Ilhas Cayman.
Relações reatadas
Em 2014, o governo americano do presidente Barack Obama anunciou que normalizaria as relações diplomáticas entre EUA e Cuba. Mas em 2017, o presidente Donald Trump recolocou em vigor algumas das restrições de comércio e viagem que haviam sido relaxadas por Obama.
A visita do Reino Unido mostra que o país adotou uma postura diferente do que os EUA em relação a Cuba,
que está no processo de abertura econômica e social. Os diplomatas britânicos "sentem claramente que é hora de enviar uma mensagem de encorajamento ao governo cubano para avançar no caminho da reforma econômica e política", afirmou o correspondente da BBC para assuntos da família real, Nicholas Witchellda.
Segundo a imprensa britânica, a viagem está sendo paga pelos países anfitriões. Em Havana, o casal real participou de uma cerimônia no monumento a José Martí, um herói nacional, símbolo da luta pela independência da Espanha no século 19. O príncipe também inaugurou uma estátua do dramaturgo inglês William Shakespeare e se encontrou com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel no palácio presidencial.
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