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Eleições gerais

O sucesso de Bukele no combate às gangues garante vitória esmagadora em El Salvador

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, lidera com tranquilidade a apuração oficial das eleições gerais deste domingo (4) (Foto: EFE/ Rodrigo Sura)

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A apuração parcial do pleito presidencial deste domingo (4), em El Salvador, mostra que Nayib Bukele seguirá à frente da administração nacional. Com cerca de 31,5 % dos votos contados, o atual presidente garante uma vitória esmagadora com 83% de apoio da população nas urnas.

Segundo a parcial do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) salvadorenho, o partido governamental, Novas Ideias (NI), obteve 1.295.888 votos, muito acima da Frente Farabundo Martí para Liberação Nacional (FMLN), de esquerda, com 110.244 votos, e da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), de direita, com 96.700.

O "sucesso eleitoral" do atual chefe de Estado da pequena nação centro-americana é resultado de suas rígidas ações contra o tráfico de drogas e as gangues criminosas que controlavam as diferentes regiões do país.

Em 2015, El Salvador era classificado como o país mais perigoso do mundo, com uma taxa de homicídio que chegava a 106,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. Essa realidade mudou drasticamente após a chegada de Bukele, em 2019, que decretou estado de exceção nacional e iniciou uma luta ferrenha contra o crime organizado.

A primeira grande ação de seu governo surgiu em 2022, após um massacre liderado por uma organização criminosa, que resultou na morte de 87 pessoas. Com isso, o líder salvadorenho decretou um estado de emergência federal, suspendendo direitos dos cidadãos, medida esta que segue em vigor e tem previsão de durar, no mínimo, até março deste ano.

Após as medidas rígidas contra o crime, o índice de homicídio desabou para 7,8 homicídios por 100 mil habitantes, no mesmo ano. Já em 2023, essa taxa chegou a apenas 1,7 homicídio por 100 mil, segundo estatísticas oficiais.

Além disso, a criação do Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), a megaprisão das Américas, foi outro grande passo para consolidar sua guerra contra o crime. De acordo com informações do Ministério da Infraestrutura de El Salvador, a prisão é destinada a líderes de facções criminosas como a Barrio 18 e Mara Salvatrucha (MS-13), as maiores que atuam no país, e já recebeu mais de 70 mil prisioneiros no último ano.

A gestão de Bukele também restringiu diversos direitos constitucionais, entre eles os de defesa e liberdade de associação e circulação, iniciando uma série de operações policiais que prendeu milhares de criminosos em todo o território nacional. Tais ações voltadas para a segurança lhe renderam uma popularidade exorbitante de 90%.

A mudança de perspectiva da nação salvadorenha atraiu grandes investidores estrangeiros, como a JPMorgan, que criaram interesse por títulos do país. Ainda, o novo governo deu uma guinada no turismo, que em 2023 registrou mais de 30% de crescimento, em comparação ao ano anterior, com um total de 3,2 milhões de visitantes, transformando sua capital, São Salvador, e outras regiões antes tomadas pelo crime, em locais seguros para a população.

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