No meio de uma nova fase de antagonismo entre Rússia e Ocidente, foi publicada pela primeira vez em russo O Filho Vermelho, lendária história em quadrinhos na qual o Superman é um fiel servidor da causa comunista e que se transformou em um êxito de vendas.
Em lugar do S, que significa esperança no planeta Krypton, Superman leva orgulhosamente no peito uma foice e um martelo, símbolo da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas, uma entre tantas inovações do roteirista Mark Milhar.
Na versão russa, a nave do super-herói mais famoso da história não caiu no coração dos Estados Unidos, como na versão original, mas, paradoxalmente, perto de uma fazenda coletiva na Ucrânia, celeiro eleitoral do paraíso comunista.
Embora o livro seja na realidade uma sátira sobre a Guerra Fria, que colocou o planeta Terra à beira da destruição, a presença do Superman no grupo stalinista inclina aparentemente a balança a favor do Kremlin.
Outras surpresas que inclui a história em quadrinhos é que a famosa repórter Lois Lane, amor platônico de Superman, é esposa do cientista Lex Luthor, que segue invariavelmente obsessivo em acabar com o extraterrestre com aspecto humano e poderes sobrenaturais.