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Obama leva a filha, Sasha, 7 anos, para a festa de Halloween, em Chicago: imagem familiar reforça popularidade do democrata. | Emmanuel Dunand/AFP
Obama leva a filha, Sasha, 7 anos, para a festa de Halloween, em Chicago: imagem familiar reforça popularidade do democrata.| Foto: Emmanuel Dunand/AFP

Dois mandatos no Legislativo de Illinois e um como senador dos Estados Unidos. Uma derrota nas primárias para o Congresso norte-americano. Dois livros publicados. Um discurso histórico na convenção nacional democrata, e a conquista da indicação como candidato a presidente do seu partido nas primárias mais acirradas da história. Esse é o resumo da carreira política do senador Barack Obama, que quer entrar na Casa Branca batendo vários recordes: o mais jovem, o primeiro negro, o que mais arrecadou dinheiro na campanha e provavelmente o mais bem-aceito pela opinião pública mundial.

Se as pesquisas se confirmarem, o candidato de raízes multirraciais, multirreligiosas e multinacionais vai assumir o cargo mais importante do mundo com outra característica marcante: inexperiência em cargos executivos. Apesar de Obama seguir, nesse aspecto, os passos de Abraham Lincoln e John Kennedy, dois dos mais inspiradores líderes norte-americanos, os não menos importantes Jimmy Carter, Ronald Reagan e George W. Bush acumularam pelo menos seis anos como governadores antes de se lançarem à Presidência.

A receita dará certo? No contexto da crise mundial, o economista da UFPR Marcelo Curado lembra que até agora Obama não foi claro na estratégia de reconstrução financeira. "Os dois candidatos apresentam claros problemas de como gerir a crise, mas a falta de experiência prática, sobretudo nas relações internacionais, é o que ressalta em Obama", diz.

Levantando polêmica, a socióloga e cientista política Maria Lúcia Victor Barbosa avalia que a subida de Obama pode significar o começo da derrocada dos Estados Unidos como potência hegemônica. "Ele traz a mensagem de mudança, mas tem o ponto da falta de experiência. Seu mandato pode ser o início de uma mudança na polarização do mundo, mas, se você me perguntar, eu vou afirmar que prefiro ser polarizada pelos Estados Unidos do que pela China", afirmou, lembrando que o liberalismo é provavelmente o principal legado dos EUA para o mundo.

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