O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que a agitação no Oriente Médio tornou "mais vital do que nunca" a volta das negociações entres israelenses e palestinos. Apesar do profundo pessimismo em relação ao avanço das conversas de paz, Obama afirmou, durante encontro com o rei Abdullah II, da Jordânia, que as negociações precisam ser retomadas.
Obama disse que ele e o rei concordaram que "apesar das muitas mudanças ou talvez por causa das mudanças que têm ocorrido na região, é mais vital do que nunca que tanto Israel quanto os palestinos encontrem uma forma de voltar à mesa de negociações".
As conversações, congeladas desde o ano passado por causa das novas construções de assentamentos judaicos em territórios palestinos, deveriam "iniciar um processo no qual pudessem criar dois Estados, vivendo lado a lado em paz e segurança", disse Obama.
A reunião com o rei jordaniano é a primeira de uma semana na qual questões do Oriente Médio estarão na pauta do presidente americano. Na sexta-feira Obama vai receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; na quinta-feira ele fará um discurso sobre a "primavera árabe".
Obama disse que discutiu as mudanças observadas no Oriente Médio com Abdullah, cujo país tem um tratado de paz com Israel e é um importante parceiro dos Estados Unidos na busca pela paz. O rei jordaniano elogiou Obama por seu contínuo foco na "questão central de uma paz entre israelenses e palestinos". Ainda assim, Obama não deu qualquer indicação sobre como os Estados Unidos fariam com que as negociações de paz fossem retomadas.
Logo depois de assumir o cargo, em janeiro de 2009, Obama deixou claro que conseguir um acordo de paz no Oriente Médio e a formação de um Estado palestino seriam temas de alta prioridade para a diplomacia norte-americana. Mas dois anos mais tarde, a situação parece pior do que quando ele assumiu o cargo.
As conversações diretas entre israelenses e palestinos, meticulosamente mediadas por Washington, ruíram no ano passado por causa da questão dos assentamentos. E a falta de direcionamento e o mal-estar parecem ter se intensificado com a renúncia do enviado especial de Obama ao Oriente Médio, George Mitchell, na semana passada.
A situação tomou outra direção no domingo, quando 14 pessoas foram mortas por tropas israelenses que dispararam contra milhares de manifestantes palestinos que tentavam cruzar as fronteiras. Os confrontos tiveram início quando os palestinos lembravam o aniversário da fundação de Israel, em 1948, chamado pelos árabes Dia da Catástrofe (Nakba). As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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