O presidente dos EUA, Barack Obama, adiou a decisão sobre o envio de mais tropas para o Afeganistão para depois do feriado de Ação de Graças, em meio à resistência de importantes Democratas e críticas da oposição sobre o reforço militar.

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Após considerar durante meses o caminho a seguir na guerra que já dura oito anos, Obama não vai anunciar a grande decisão estratégica de seu governo até depois do feriado, informou o porta-voz Robert Gibbs. O dia de Ação de Graças é em 26 de novembro e os norte-americanos tradicionalmente estendem o feriado de quinta-feira a domingo

Anteriormente, Obama havia indicado que encerraria os meses de deliberações sobre o possível envio de mais milhares de soldados "nas próximas semanas". Ele realizou uma série de encontros de portas fechadas com importantes conselheiros - incluindo o general Stnaley McChrystal, comandante de mais de 100 mil tropas dos EUA e da Otan já posicionadas no país - para discutir a campanha no Afeganistão e como atingir os objetivos norte-americanos lá.

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McChrystal pediu até 40 mil tropas a mais, alertando que o Afeganistão pode ficar perdido se elas não forem posicionadas dentro de um ano para derrubar a insurgência Taleban. Atualmente há 68 mil tropas dos EUA no Afeganistão.

Mas a principal Democrata no Congresso observou na sexta-feira que talvez não houvesse apoio político suficiente para mais tropas, especialmente quando Washington tinha um "parceiro desonroso" no presidente afegão, Hamid Karzai.

"Como podemos pedir para o povo norte-americano pagar um preço elevado em vidas e membros, e também em dólares, se não temos ligação com um parceiro confiável?", questionou a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em entrevista à National Public Radio.

"Então, a grande questão não é apenas falar sobre tropas. Vamos falar sobre qual é a estratégia e quais os recursos necessários nessa questão", acrescentou ela.

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