Revertendo sua política para o Afeganistão, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (15) que irá prolongar o envolvimento de 14 anos dos militares norte-americanos no país, na prática entregando a tarefa de retirar as tropas ao seu sucessor.
Classificando-o como um ajuste “modesto, mas significativo” na redução da presença norte-americana em solo afegão, Obama disse que os EUA irão manter uma força de 9.800 efetivos durante a maior parte de 2016.
Obama havia planejado retirar todas as forças, com exceção de um pequeno destacamento na embaixada dos EUA na capital, Cabul, antes de concluir seu segundo mandato em janeiro de 2017.
Segundo o novo plano, os soldados serão reduzidos para 5.500 a partir de algum momento de 2017 e ficarão sediados em quatro localidades -- Cabul, Bagram, Jalalabad e Kandahar.
A estabilidade do Afeganistão é vital para Washington, e as tropas afegãs atualmente a cargo da segurança ainda não são tão fortes quanto precisam ser, disse Obama, acrescentando: “Se eles fracassassem, isso ameaçaria a segurança de todos nós.”
Indagado por um repórter se ficou decepcionado por ter que tomar essa decisão, Obama afirmou que não e emendou: “Esta não é a primeira vez em que estes ajustes são feitos. Provavelmente não será a última.”
“Desconfio que continuaremos a avaliar isso ao longo do tempo, assim como o próximo presidente.”
Depois de 13 anos de guerra, a coalizão liderada pelos EUA no Afeganistão encerrou sua missão de combate no fim de 2014, e desde então as tropas afegãs assumiram a segurança da nação, com ajuda de tropas dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Mas as forças afegãs têm tido dificuldades em lidar com ataques de militantes do Taliban, que dominaram temporariamente a cidade de Kunduz, no norte do país.
Obama reconheceu que os militantes ainda são capazes de realizar atentados mortíferos nas grandes cidades, incluindo Cabul.
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