O presidente dos EUA, Barack Obama, comemorou a morte do militante de origem norte-americana Anwar al-Awlaki no Iêmen na sexta-feira como "outro marco significativo" nos esforços para derrotar a Al Qaeda e prova que a rede e seus aliados não encontrarão nenhum lugar seguro.
Identificado pela inteligência dos EUA como "chefe de operações externas do braço da Al Qeda no Iêmen e um propagandista da causa islâmica na Web, Awlaki foi morto em um ataque promovido por um avião não-tripulado da CIA numa cidade remota do Iêmen, disseram autoridades norte-americanas.
"A morte de Awlaki é um golpe grande à afiliada mais ativa da Al Qaeda", disse Obama, classificando-a como outro sucesso contra a rede militante, referindo-se à morte de Osama Bin Laden pelos EUA.
Obama não quis fornecer detalhes da operação, mas afirmou em uma entrevista via rádio que "isso é algo em que estávamos trabalhando com o governo do Iêmen há algum tempo".
O progresso feito contra a Al Qaeda pode ajudar Obama enquanto ele busca a reeleição em 2012 e atrapalha os esforços dos republicanos de retratá-lo como líder global fraco.
O governo Obama, porém, recebeu a condenação imediata de defensores dos direitos civil norte-americanos, que dizem que foi ilegal cometer um assassinato sem o devido processo judicial.
Autoridades dos EUA e do Iêmen disseram que também acreditam que um outro membro da Al Qaeda que fala inglês, Samir Khan, tenha morrido ao mesmo tempo. Uma autoridade norte-americana disse que Khan era editor da "Inspire", uma publicação em forma de revista que se tornou o principal veículo de propaganda em inglês da Al Qaeda.
O episódio foi o último de uma série de ataques mortais promovidos pelos EUA contra militantes violentos, incluindo a operação no complexo paquistanês de Bin Laden em maio e um ataque no fim de agosto que matou o então número 2 da organização.
"A morte de Awlaki representa outro marco significativo dentro do esforço mais amplo de derrotar a Al Qaeda e todas as suas afiliadas", disse Obama em Fort Myer, Virginia, numa cerimônia para marcar o juramento do novo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
"Essa é uma outra prova de que a Al Qaeda e suas afiliadas não encontrarão nenhum lugar seguro no mundo", afirmou ele.
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