O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, congelou nesta segunda-feira os ativos norte-americanos de três entidades da Coreia do Norte e de um cidadão norte-coreano, informou uma autoridade dos EUA. As medidas são uma represália a Pyongyang pelo afundamento de um navio de guerra da Coreia do Sul.

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Obama assinou uma ordem executiva para ampliar o escopo das sanções norte-americanas a fim de permitir que Washington rastreie os bens de entidades norte-coreanas que comercializam armas convencionais e produtos de luxo e que falsificam a moeda norte-americana.

As medidas, delineadas pela secretária de Estado Hillary Clinton em julho, visam prejudicar a liderança da isolada e autoritária Coreia do Norte, cujos programas nucleares são considerados uma ameaça direta aos aliados dos EUA na região, Coreia do Sul e Japão.

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As relações entre EUA e Coreia do Norte têm deteriorado desde que Obama assumiu o poder. Os assessores do presidente norte-americano ficaram profundamente descontentes com a decisão de Pyongyang de conduzir um segundo teste nuclear no ano passado, assim como com o afundamento da corveta sul-coreana Cheonan.

Quarenta e seis marinheiros sul-coreanos morreram no incidente, atribuído por EUA, Coreia do Sul e outros países à Coreia do Norte. Pyongyang nega ter responsabilidade no caso.

Uma autoridade norte-americana, que falou sob a condição de permanecer anônima, afirmou que a nova ordem executiva dará aos EUA mais instrumentos para perseguir as entidades norte-coreanas, especialmente as envolvidas em atividades financeiras "ilegais".

A ordem executiva de Obama ampliou o escopo das sanções norte-americanas já existentes - que agora podem ser impostas a entidades envolvidas nos programas de míssil balístico e de armas de destruição em massa de Pyongyang.

"Ela busca atrapalhar as redes financeiras que facilitam o tráfico norte-coreano de armas e de materiais relacionados, a aquisição de bens de luxo, e o envolvimento em outras atividades ilícitas, incluindo lavagem de dinheiro e falsificação de dinheiro", afirmou a autoridade.

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Não estava claro o que determinou o "timing" da ordem executiva.

Na sexta-feira, a Coreia do Norte pôs fim a um agravante em sua relação com os EUA ao libertar o cidadão norte-americano Aijalon Mahli Gomes, que havia sido preso em janeiro e condenado a oito anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente no país.

A mídia estatal norte-coreana afirmou na sexta que o número 2 do país disse ao ex-presidente Jimmy Carter, que promoveu a libertação de Gomes, que Pyongyang estava comprometido com a desnuclearização da Península Coreana e com a retomada das conversações.