O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem uma série de mudanças para fortalecer o sistema de segurança do país após a tentativa de ataque a um voo americano rumo a Detroit no Natal. Sem culpar funcionários em particular ou agências específicas do governo, Obama afirmou que a primeira linha de defesa do país é sua Inteligência e que é preciso melhorá-la. O presidente chamou para si a responsabilidade sobre as falhas no sistema de segurança.
"Estamos em guerra", afirmou Obama ao explicar a necessidade de mudanças. Ele anunciou quatro medidas: a primeira é a atribuição de responsabilidade específica pela investigação de pistas, que, segundo o presidente, precisam ser investigadas todo o tempo.
A segunda medida foi a distribuição mais ágil de relatórios entre as agências do governo. "Não podemos sentar em cima de informação que protege o povo americano, disse.
O presidente afirmou também que será feita uma revisão do processo de análise de informações. Após se reunir com a cúpula do governo, Obama já havia anunciado nesta semana que a falha no sistema de informação não ocorreu na coleta de informações, e sim na análise de dados. O sistema de Inteligência não conseguiu "ligar os pontos" a tempo para identificar o risco representado pelo nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab antes que ele embarcasse em Amsterdã.
A quarta medida é uma revisão no critério de inclusão de nomes na lista de passageiros que não podem viajar para os EUA. Desde o Natal, centenas de nomes já foram incluídos. O presidente ordenou ainda que informações referentes à situação dos vistos desses suspeitos sejam incluídas.
Sem demissões
Após o discurso de terça-feira de Obama, a oposição cobrou o anúncio de demissões no governo, dizendo que se a situação é tão ruim quanto o governo apresenta, alguém precisa perder o emprego.
Mas Obama insiste que o caso não foi culpa de pessoas ou agências em específico. "Quando o sistema falha, a responsabilidade é minha.
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Mais segurança
Fonte: Folhapress
Como funcionam os scanners de corpo inteiro:
1 - Sem sapatos e com bolsos vazios, o passageiro entra na máquina e levanta os braços.
2 - O scanner emite ondas de rádio ou raios-x de baixa intensidade (dependendo da máquina) que passam através de roupas e mostram objetos contra a pele.
3 - Funcionário a distância analisa a imagem e avisa por rádio ao que está junto ao passageiro se este está liberado ou se há problemas.
- O processo leva de 10 a 40 segundos dependendo da tecnologia usada.
- O software escurece o rosto ou reduz a definição da imagem o suficiente para proteger a privacidade do passageiro enquanto revela objetos.
- Fabricantes afirmam que imagens não podem ser impressas, salvas ou transmitidas; a máquina as apaga automaticamente.
- Quem se recusar a passar pelo scanner será alvo de revista corporal mais minuciosa.