Perfil: Vice de Obama é experiente em política internacional
O candidato democrata à presidência Barack Obama anunciou neste sábado (22) que Joseph Biden, senador por Delaware, será seu vice na chapa. Biden, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, é visto como uma liderança em assuntos internacionais.
- Nos anos 1990, Biden foi um dos primeiros a conclamar uma liderança ativa dos EUA para por fim à violência sérvia nos Bálcãs, instando à suspensão do embargo de armas sobre a Bósnia. Leia matéria completa
O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, anunciou oficialmente neste sábado (23) o nome do senador Joe Biden, 65 anos, como vice-presidente em sua chapa.
O anúncio foi feito em seu site oficial e por meio de mensagens de texto SMS e e-mails. Horas antes, a rede de TV CNN já havia antecipado a escolha do democrata.
"Barack escolheu o senador Joe Biden como seu vice-presidente", diz a mensagem enviada a simpatizantes.
Biden, que se destaca pela experiência em política externa, tem 65 anos, e encabeça a comissão de Relações Exteriores do Senado. Senador pelo estado de Delaware, pelo Partido Democrata, Joseph Robinette Biden Jr. está no sexto mandato, tendo sido um dos pré-candidatos à presidência neste ano. Ele deixou a corrida após as prévias de Iowa.
Vida ligado ao Senado
Nascido em 20 de novembro de 1942, em Scranton, Pensilvânia, Biden teve praticamente toda a vida política ligada ao Senado. De família católica irlandesa, ele se formou em História e Ciências Políticas pela Universidade de Delaware, em 1965, e em Direito na Universidade de Syracuse, em 1968. Fora da política, atuou como advogado e defensor público na cidade de Wilmington, Delaware.
Em 1970, Biden foi eleito ao conselho do Condado de New Castle (equivalente ao cargo de vereador). Em 1972, aos 29 anos, venceu a primeira eleição para o Senado, sendo o quinto senador mais jovem da história americana.
Em 18 de dezembro de 1972, a mulher e os três filhos de Biden sofreram um grave acidente de carro. A mulher, Nellia, e uma das filhas, Naomi, morreram. Diante da tragédia, Biden chegou a pensar em renunciar, mas atendeu apelos da liderança do partido democrata.
Na década de 1990 dedicou-se à resolução dos conflitos nos Balcãs. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, foi favorável às invasões do Afeganistão e do Iraque pelo governo de George W. Bush.
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