O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (15) a saída de Steven Miller, diretor do IRS, a receita federal americana, em resposta à controvérsia sobre um escrutínio especial nos pedidos de isenção fiscal de grupos conservadores - o que levou parlamentares e grupos da sociedade civil a acusarem o governo de perseguição política. Após se reunir com o secretário do Tesouro, Jack Lew, Obama afirmou que a renúncia de Miller foi aceita, na esperança de restaurar a confiança na agência daqui para frente. E prometeu trabalhar com o Congresso para instituir novas garantias.
"Eu farei tudo que estiver ao meu alcance para garantir que nada parecido com isso aconteça novamente", disse o presidente na Casa Branca.
Nesta quarta-feira, Obama se reuniu com funcionários do Tesouro para discutir a varredura que funcionários do departamento fizeram tendo como alvo grupos conservadores. De acordo com a Casa Branca, Obama ia cobrar explicações sobre o ocorrido.
Uma investigação interna revelou que o IRS, a receita federal americana, fez um escrutínio especial nos pedidos de isenção fiscal de grupos conservadores, o que levou parlamentares e grupos da sociedade civil a acusarem o governo de perseguição política.
Na sexta-feira, a responsável pelas equipes de isenção fiscal do IRS, Lois Lerner, admitiu que analistas de Ohio submeteram organizações sem fins lucrativos conservadoras que levassem, por exemplo, "Tea Party" e "patriota" em seus nomes, a uma varredura, com questionamentos que incluíram nomes de doadores. Ela descartou motivação política, afirmando que tratou-se de esforço local de triagem dos pedidos de isenção fiscal.
De acordo com a CNN, fontes parlamentares informaram que dois funcionários do IRS teriam sido especialmente agressivos ao revisarem pedidos relacionados ao movimento conservador Tea Party.