O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajará para a academia militar de West Point, na próxima terça-feira, onde fará um discurso ao país sobre o Afeganistão, informou nesta quarta-feira a Casa Branca, ao anunciar uma das decisões que será das mais importantes em política externa do governo Obama. O discurso será transmitido ao vivo em rede nacional de televisão.
No discurso, Obama deverá anunciar que enviará mais 30.000 soldados à guerra no país da Ásia Central, incluídos instrutores de segurança e pessoal de apoio civil. Ao mesmo tempo, Obama enfatizará aos EUA o custo em sangue e em dinheiro que o país está pagando, disse o secretário de imprensa Robert Gibbs. Obama também deixará claro que o esforço de guerra não será infinito.
"Nós estamos no nosso nono ano de guerra no Afeganistão. Nós não ficaremos lá pelos próximos oito ou nove anos", disse Gibbs. As informações são do Wall Street Journal.
Os funcionários da Casa Branca entenderam a magnitude do anúncio da próxima terça-feira, o qual levou meses para ser elaborado. Muitos democratas disseram a Obama que eles irão se opor ao aumento de tropas no Afeganistão, movimento que eles definiram como uma escalada da guerra. A revisão da estratégia da guerra também atraiu críticos dos republicanos, com o ex-vice-presidente Dick Cheney acusando Obama de "indecisão".
A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que o anúncio de Obama será recebido com "rebelião" no Partido Democrata.
Gibbs reconheceu a carga que pesa sobre os militares e suas famílias e também o peso para o governo, cujo déficit cresce a cada ano. O custo será de US$ 10 bilhões para cada grupo de 10 000 soldados. "É muito, muito caro", disse.
A escolha de West Point ressalta a seriedade da decisão. Obama também deverá se encontrar com vários congressistas na manhã da terça-feira para explicar a decisão. Os EUA têm atualmente 68 000 soldados no Afeganistão, dos quais 21.000 foram enviados por Obama após ele ter assumido a presidência em janeiro.
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