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Política

Obama assume atitude agressiva contra Congresso

Obama desembarca em Pittsburgh, na Pensilvânia | Larry Downing/Reuters
Obama desembarca em Pittsburgh, na Pensilvânia (Foto: Larry Downing/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abriu ontem uma turnê por quatro cidades americanas com o objetivo de reforçar a mensagem do discurso anual sobre o Estado da União, apresentado na noite anterior.

Foi um pronunciamento importante para uma nação pessimista, um apelo ao Congresso dividido para agir contra a desigualdade de renda e uma promessa de evitar o impasse no Legislativo usando os poderes do Executivo.

O presidente sublinhou a preocupação com a distância enorme entre os americanos mais ricos e os cidadãos comuns, que se agravou desde a crise econômica iniciada em 2008.

No discurso tradicionalmente mais importante do ano, Obama tratou também de tentar preparar o clima para a vitória democrata nas eleições parlamentares deste ano, na metade de seu segundo mandato. Hoje, a popularidade de Obama está mais baixa que nunca, apesar da melhora da economia.

Ele se mostrou particularmente preocupado com a persistência do desemprego. "A América não ficará parada, nem eu pretendo ficar", afirmou no discurso transmitido em cadeia nacional pela televisão num auditório lotado. "Portanto, poderei tomar quaisquer medidas, sempre que considerar necessário, sem precisar da aprovação do Congresso, a fim de aumentar as oportunidades para um número cada vez maior de famílias americanas. É o que pretendo fazer."

Os republicanos, especialmente na Câmara dos Representantes, têm conseguido criar obstáculos à maior parte da agenda legislativa do presidente desde que retomaram a Câmara, em 2010. Seu líder, o presidente John Boehner, logo procurou minimizar os planos de Obama de uma forte ação do Executivo.

"O presidente precisa entender que seus poderes são limitados por nossa Cons­­tituição, e a autoridade que ele tem não representa muito para os que não têm oportunidades na nossa economia", afirmou.

Obama admite que se depara com limites constitucionais para agir sem o Congresso, mas entende que ainda enfrenta uma parede oposicionista republicana.

Na ausência de acordo, O­­bama vai recorrer aos decretos sempre que puder.

Chanceler viaja para discutir revisão da NSA

Agência O Globo

O ministro das Relações Ex­te­riores do Brasil, Luiz Figuei­redo, embarcou ontem para os EUA a fim de tratar da revisão da Agência Nacional de Segurança (NSA), responsável pelas ações de espionagem em países como Brasil, França e Alemanha.

O chanceler brasileiro viaja a convite da assessora de segurança nacional dos EUA, Susan Rice, que vai detalhar ao Brasil a reforma nas regras por que a NSA vai passar. O anúncio da reforma dos serviços de inteligência americanos foi feito pelo próprio chefe de Estado americano, Barack Obama, e foi considerado pela presidente Dilma Rousseff como um primeiro passo.

Segundo o chanceler, no encontro que manterá com a colega americana, não será tratada a questão da visita de Estado que Dilma Rousseff faria no ano passado a Washington e que foi suspensa por causa da descoberta de que a própria presidente brasileira, assessores de seu governo e a Petrobras foram espionados pelos serviços de inteligência americanos.

Além das explicações que os EUA darão ao Brasil sobre a reforma da NSA, os americanos também resolveram aceitar o convite do governo Dilma para participar do Fórum Multisetorial Global que acontecerá em abril em São Paulo para tratar da governança da internet e da questão da espionagem.

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