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Obama busca abrir um novo capítulo nas relações bilaterais com a Argentina

Obama e Mauricio Macri | Martin Zabala/AFP
Obama e Mauricio Macri (Foto: Martin Zabala/AFP)

O presidente Unidos Barack Obama iniciou nesta quarta-feira (23) uma visita à Argentina, onde buscará abrir um novo capítulo nas relações bilaterais, marcada na última década por atritos com os governos de centro-esquerda dos Kirchner.

O presidente anfitrião deu as boas-vindas a Obama na porta da Casa Rosada, sede do governo. Muito sorridentes e trocando impressões, posaram para fotos e iniciaram uma reunião particular.

Os dois governos assinam nesta quarta acordos nos campos da segurança, combate ao crime e lavagem de dinheiro, comércio, investimentos e, inclusive, uma declaração conjunta em apoio à OEA e ao sistema interamericano de direitos humanos.

A visita de Obama à terceira economia latino-americana marca o apoio de Washington às mudanças impulsionadas pelo governo liberal de Mauricio Macri, com quem prestará na quinta-feira uma esperada homenagem às vítimas da ditadura no país (1976-83), o que coincide com os 40 anos do golpe de Estado.

EUA e o golpe militar na Argentina

A Argentina, por sua vez, espera a admissão do questionado papel dos Estados Unidos no golpe militar de 1976.

Uma polêmica gira em torno da data da visita, já que em 24 de março os argentinos recordam os 40 anos do golpe militar que iniciou um sangrento regime, apoiado na ocasião pelos Estados Unidos.

Antes de sua chegada, a Casa Branca anunciou a abertura em breve dos arquivos militares e de inteligência relacionados a este período da história argentina.

Nesta quarta, o Vaticano também confirmou a abertura em poucos meses dos arquivos relativos à ditadura militar na Argentina por vontade do papa Francisco.

A abertura dos arquivos com cartas, relatórios da nunciatura, testemunhos e documentos sobre esses anos obscuros da história da Argentina fornecerá elementos importantes para esclarecer muitos casos de desaparecidos.

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