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Obama busca apoio de policiais para combate às armas

Obama se reuniu na Casa Branca com chefes de polícia em sua cruzada por maior controle no uso de armas nos Estados Unidos | REUTERS/Jason Reed
Obama se reuniu na Casa Branca com chefes de polícia em sua cruzada por maior controle no uso de armas nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Jason Reed)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez na segunda-feira (28) um apelo aos chefes de polícia do país em sua cruzada pelo controle das armas de fogo, e reiterou a esperança de que o Congresso aprove logo um pacote de medidas proposto por ele após um massacre em uma escola primária do país.

A reunião com chefes de polícia de cidades assoladas por massacres - além de telefonemas para outras autoridades norte-americanas - é parte de uma série de discussões que Obama está usando para tentar angariar apoio às medidas, que incluem ordens do Executivo e projetos submetidos ao Congresso.

Falando a jornalistas no começo da reunião, Obama observou que os chefes de polícia percebem que o problema da violência armada vai além de alguns massacres de grande repercussão.

"Por isso parte da conversa que teremos hoje diz respeito não só à questão de novas leis ou de uma melhor fiscalização das nossas leis sobre armas, significa também que vamos assegurar que temos as melhores equipes de policiamento possíveis. O que vamos fazer para contratar mais policiais? O que vamos fazer para assegurar que eles estão recebendo o treinamento do qual precisam?"

Obama deseja proibir armas de assalto ao estilo militar e exigir a avaliação de antecedentes para todos os candidatos à compra de uma arma. As duas questões, que precisam ser aprovadas no Congresso, são politicamente delicadas, por envolverem a garantia constitucional do direito ao porte de armas.

A Comissão de Justiça do Senado realiza na quarta-feira sua primeira audiência sobre as medidas.

"A única forma de podermos fazer tudo o que precisa ser feito é com a cooperação do Congresso", disse Obama. "Isso significa aprovar leis sérias que restrinjam o acesso e a disponibilidade das armas de assalto e dos cartuchos de munição que não sejam necessários para caçadores, esportistas e para os proprietários responsáveis de armas que há por aí. Significa que levamos a sério a verificação universal de antecedentes."

A Associação Nacional do Rifle, mais poderoso grupo de pressão em favor das armas nos EUA, promete contestar a iniciativa do presidente, por considerá-la inconstitucional.

A reunião de segunda-feira incluiu o vice-presidente Joe Biden, e os secretários Eric Holder (Justiça) e Janet Napolitano (Segurança Doméstica).

Entre os chefes de polícia participantes estavam o de Newtown, Connecticut, onde em dezembro um jovem matou 20 crianças e 6 adultos numa escola primária; o de Aurora, Colorado, cenário de um massacre com 12 vítimas fatais dentro de um cinema em julho; e de Oak Creek, Wisconsin, onde seis pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em agosto dentro de um templo da religião sikh.

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